Polícia

Operação do MP/AL cumpre mandados de prisão em AL e SC

Suspeitos teriam emitido cerca de R$ 23 milhões em notas fiscais falsas

Por Lucas Araújo* 21/06/2022 09h09 - Atualizado em 21/06/2022 09h09
Operação do MP/AL cumpre mandados de prisão em AL e SC
Suspeitos teriam emitido cerca de R$ 23 milhões em notas fiscais falsas - Foto: Ascom MP/AL

O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) deflagrou uma operação, nesta terça-feira (21), que visa cumprir 22 mandados de prisão, busca e apreensão nos estados de Alagoas e Santa Catarina.

A operação, intitulada de "Noteiras III", atua para desarticular uma Organização Criminosa (Orcrim) especializada em sonegação de impostos, através de emissão de notas fiscais falsas. O valor sonegado ultrapassa R$ 23 milhões.

Através do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), 18 pessoas suspeitas de integrar a Orcrim são alvos da polícia. A ação também conta com participação da 17ª Vara Criminal da Capital.

Presos em operação contra fraudes em notas fiscais tem nomes divulgados pelo MPAL

O esquema

De acordo com o Gaesf, as fraudes aconteceram por meio da emissão de 100 (cem) notas fiscais fraudulentas, no valor aproximado de R$ 23 milhões, através de 04 (quatro) empresas de fachada, com informações inverídicas relativas à propriedade e gestão desses estabelecimentos comerciais, que, na prática, jamais existiram. Estas empresas são conhecidas como paper companies.

Para o cometimento dos ilícitos penais havia participação criminosa de contadores, empresários, “testas de ferro” ou “laranjas”. É provável que haja uma extensão do grupo criminoso, razão pela qual, além dos investigados em Alagoas e Santa Catarina, o Ministério Público também apura o envolvimento de mais pessoas em outras unidades da federação.

Operação

A operação recebeu nome de ‘Noteiras’ porque é um desdobramento da Operação Noteiras desencadeada em São Paulo, com atuação do Ministério Público dos dois estados. À época, investigações constataram que as fraudes fiscais cometidas pela Organização Criminosa passavam dos R$ 400 milhões.

Para garantir êxito na investida a operação envolve 40 policiais militares e 3 policiais civis de Alagoas, 10 policiais civis de Santa Catarina 10, dois peritos criminais de Santa Catarina, seis auditores fiscais de Alagoas, mais dois auditores fiscais de Santa Catarina, três promotores de Justiça de Alagoas e dois de Santa Catarina. Ao todo foram empregadas 14 viaturas da PM/AL, cinco da PC/AL, outras sete viaturas da PC/SC, mais três da SEFAZ/AL e outras quatro do MPAL.

*Com Gazetaweb