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Samu alerta para aumento de acidentes com animais em Alagoas
Motociclistas são os mais vulneráveis em colisões registradas nas estradas e áreas urbanas
Entre janeiro e setembro de 2025, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) contabilizou 167 ocorrências de acidentes envolvendo animais em vias públicas de Alagoas. O número já representa cerca de 80% do total registrado em todo o ano passado, quando foram atendidos 210 casos, indicando tendência de crescimento até o fim do ano.
Os dados mostram que a Central de Arapiraca lidera os atendimentos, com 105 registros, enquanto a Central de Maceió somou 62. A maioria das ocorrências envolve colisões entre motocicletas e animais como bois, cavalos e cachorros, comuns em áreas rurais e estradas vicinais. Também há registros de choques com carroças, ainda utilizadas como transporte no interior.
A coordenadora geral do Samu Alagoas, Beatriz Santana, destacou que grande parte desses acidentes é evitável. Quando há sinalização adequada nas rodovias, como placas de “animais na pista”, é fundamental que motoristas e motociclistas respeitem as indicações, reduzam a velocidade e redobrem a atenção, especialmente em trechos rurais, ao amanhecer ou ao entardecer.
Ela reforçou que a responsabilidade também recai sobre os proprietários de animais. Um animal solto representa um perigo coletivo e pode causar tragédias evitáveis.
O médico socorrista Raphael Carvalho também reforçou o alerta. Animais soltos representam risco iminente, independentemente do horário ou local. O impacto de uma moto com um animal pode causar lesões graves, como fraturas expostas, traumas torácicos e lesões na coluna.
Segundo o Samu, motociclistas são os mais vulneráveis, já que a ausência de equipamentos de proteção adequados pode agravar os traumas.
Apesar de predominarem no interior, os acidentes também ocorrem em áreas urbanas. Em outubro, duas pessoas ficaram gravemente feridas após colidirem com um cachorro na Avenida Senador Rui Palmeira, em Maceió.
Dicas para evitar acidentes com animais
• Respeitar a sinalização e reduzir a velocidade em trechos com placas de “animais na pista”
• Manter atenção constante à pista e aos movimentos laterais
• Reduzir a velocidade à noite e usar faróis acesos mesmo durante o dia em trechos sombreados
• Frear com antecedência e manter distância segura em caso de animal à frente
• Verificar condições de freios, pneus e suspensão do veículo
• Usar capacete e equipamentos de proteção obrigatórios em motocicletas
• Denunciar animais soltos às autoridades locais
A Secretaria de Estado da Saúde reforça que a prevenção depende da colaboração entre população, poder público e serviços de emergência, para reduzir riscos e salvar vidas.

