Política

Renan Calheiros pressiona e destrava projeto que amplia isenção do Imposto de Renda

Proposta eleva faixa de isenção para até R$ 5 mil e foi aprovada após articulação do senador alagoano

Por Redação 04/10/2025 17h05
Renan Calheiros pressiona e destrava projeto que amplia isenção do Imposto de Renda
Renan Calheiros pressiona e destrava projeto que amplia isenção do Imposto de Renda - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados e Edilson Rodrigues/Senado Federa… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/12/17/lira-renan-rivalidade-como-surgiu-alagoas.htm?cm

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) intensificou articulações políticas para acelerar a tramitação da proposta que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Segundo reportagem publicada pelo UOL, a movimentação levou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a destravar o projeto após mais de seis meses de paralisação.

Nos bastidores, Renan procurou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sugeriu que o governo avaliasse a edição de uma medida provisória para garantir que a nova isenção comece a valer já em 2026. O gesto foi interpretado como uma forma de pressionar tanto a Câmara quanto o governo a agir sobre uma pauta considerada prioritária e amplamente apoiada pela população.

Com a ofensiva, o Senado voltou a assumir o protagonismo da discussão sobre o Imposto de Renda, enquanto a Câmara foi forçada a reagir. Dias após a movimentação do senador, o projeto foi colocado em votação e aprovado por ampla maioria dos deputados.

A proposta atende a uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: corrigir a defasagem da tabela do Imposto de Renda e reduzir a carga tributária sobre os assalariados.

Ao articular a retomada do debate, Renan Calheiros reforçou o papel do Senado como motor das discussões econômicas e tirou de Arthur Lira o controle político sobre o tema. A disputa entre os dois alagoanos, que deve se refletir nas eleições de 2026, agora tem um novo ponto de tensão: quem ficará com o crédito por uma das medidas mais populares do governo.

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