Política
Ex-assessora de Arthur Lira já havia sido citada em investigações da Odebrecht
Advogada alvo da PF por suspeitas envolvendo emendas parlamentares apareceu em apuração sobre articulações legislativas em 2014
A advogada Mariângela Fialek, alvo de investigação da Polícia Federal por suspeitas de desvio de emendas parlamentares do chamado Orçamento Secreto, já teve o nome citado em outro caso de grande repercussão nacional. À época dos fatos apurados atualmente, ela atuava como assessora do deputado federal Arthur Lira (PP-AL).
A apuração mais recente foi deflagrada na última sexta-feira (12) e investiga possíveis irregularidades na destinação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares. O papel desempenhado por Mariângela no esquema ainda está sob análise pelas autoridades.
Não é a primeira vez, contudo, que a advogada aparece associada a investigações envolvendo o Legislativo. Em 2014, quando exercia a função de assessora parlamentar do então senador Romero Jucá (MDB), seu nome foi citado em apurações relacionadas ao escândalo da Odebrecht.
Segundo investigações conduzidas pelo Ministério Público, Mariângela teria encaminhado à construtora um rascunho de texto legislativo antes de sua tramitação formal no Senado Federal. O material tratava de alterações em medidas provisórias que concediam incentivos fiscais de interesse direto da empreiteira.
As apurações indicam que o conteúdo dizia respeito às MPs nº 651 e nº 656, discutidas no Congresso naquele período. Mensagens eletrônicas enviadas no segundo semestre de 2014 teriam mencionado ajustes em pareceres legislativos debatidos previamente entre executivos da Odebrecht e o então senador Romero Jucá.
De acordo com informações reveladas pelo portal Metrópoles, trocas internas de mensagens da construtora apontaram Jucá como um dos articuladores de mudanças legislativas favoráveis à empresa no Congresso Nacional.
Até o momento, não há decisão judicial definitiva sobre os fatos mencionados. Os citados nas investigações afirmam exercer o direito ao contraditório e à ampla defesa, enquanto os casos seguem sob análise das autoridades competentes.
Com agências.


