Política

Ex-assessora de Arthur Lira já havia sido citada em investigações da Odebrecht

Advogada alvo da PF por suspeitas envolvendo emendas parlamentares apareceu em apuração sobre articulações legislativas em 2014

Por Redação* 17/12/2025 11h11
Ex-assessora de Arthur Lira já havia sido citada em investigações da Odebrecht
Investigações apontam Mariângela como operadora do esquema orçamento secreto na Câmara - Foto: Reprodução

A advogada Mariângela Fialek, alvo de investigação da Polícia Federal por suspeitas de desvio de emendas parlamentares do chamado Orçamento Secreto, já teve o nome citado em outro caso de grande repercussão nacional. À época dos fatos apurados atualmente, ela atuava como assessora do deputado federal Arthur Lira (PP-AL).

A apuração mais recente foi deflagrada na última sexta-feira (12) e investiga possíveis irregularidades na destinação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares. O papel desempenhado por Mariângela no esquema ainda está sob análise pelas autoridades.

Não é a primeira vez, contudo, que a advogada aparece associada a investigações envolvendo o Legislativo. Em 2014, quando exercia a função de assessora parlamentar do então senador Romero Jucá (MDB), seu nome foi citado em apurações relacionadas ao escândalo da Odebrecht.

Segundo investigações conduzidas pelo Ministério Público, Mariângela teria encaminhado à construtora um rascunho de texto legislativo antes de sua tramitação formal no Senado Federal. O material tratava de alterações em medidas provisórias que concediam incentivos fiscais de interesse direto da empreiteira.

As apurações indicam que o conteúdo dizia respeito às MPs nº 651 e nº 656, discutidas no Congresso naquele período. Mensagens eletrônicas enviadas no segundo semestre de 2014 teriam mencionado ajustes em pareceres legislativos debatidos previamente entre executivos da Odebrecht e o então senador Romero Jucá.

De acordo com informações reveladas pelo portal Metrópoles, trocas internas de mensagens da construtora apontaram Jucá como um dos articuladores de mudanças legislativas favoráveis à empresa no Congresso Nacional.

Até o momento, não há decisão judicial definitiva sobre os fatos mencionados. Os citados nas investigações afirmam exercer o direito ao contraditório e à ampla defesa, enquanto os casos seguem sob análise das autoridades competentes.

Com agências.