O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) classificou como “exagerada” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, no último dia 4 de agosto. Apesar da crítica, o ex-presidente da Câmara evitou ataques diretos ao Judiciário e manteve distância do tom adotado por parlamentares bolsonaristas.

Em declaração pública, Lira afirmou que o país precisa de “paz e estabilidade para progredir” e defendeu um tratamento diferenciado para ex-presidentes. Poucos dias antes do julgamento de Bolsonaro, visitou o ex-chefe do Executivo em gesto que chamou de “cortesia”, mas também acenou favoravelmente a um projeto de anistia.

A postura tem sido interpretada como estratégia política. O deputado preserva a relação com Bolsonaro, sem comprometer as negociações com o governo Lula, especialmente em torno de pautas de interesse do Planalto, como a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.

No último 7 de setembro, marcado por atos de apoiadores de Bolsonaro, Lira optou por não participar de manifestações. Segundo aliados, o silêncio reflete cálculo político que busca evitar confronto direto com o STF, mantendo margem de atuação junto a diferentes setores.

Com agências.