Política

Não ficará sem resposta: Câmara irá à Justiça contra Ratinho por ameaças à deputada

Deputada federal por sua vez, disse que também entrará na Justiça contra o apresentador

Por Redação com Metrópoles 16/12/2021 15h03 - Atualizado em 16/12/2021 15h03
Não ficará sem resposta: Câmara irá à Justiça contra Ratinho por ameaças à deputada
A deputada federal Natalia Bonavides (PT-RN) disse que entrará na Justiça contra o apresentador Carlos Massa, o Ratinho. - Foto: Reprodução

A Polícia Legislativa, a Procuradoria Parlamentar e Procuradoria da Mulher da Câmara vão atuar no caso que aconteceu com a deputada federal Natalia Bonavides (PT-RN). Em um entrevista num programa de rádio conhecido como “Turma do Ratinho”, Carlos Massa, o Ratinho, sugeriu que ela fosse "eliminada com o uso de uma metralhadora".

Isso se deu após Ratinho criticar o Projeto de Lei de autoria da deputada, que visa derrubar a expressão "marido e mulher" na celebração de um casamento civil. O apresentador extraiu daí que a parlamentar defende a exclusão de marido e mulher da declaração. 

“Natália, você não tem o que fazer, não? Você não tem o que fazer, minha filha? Vá lavar roupa a caixa do teu marido, a cueca dele, porque isso é uma imbecilidade querer mudar esse tipo de coisa. Tinha que eliminar esses loucos? Não dá para pegar uma metralhadora, não?”, afirmou Ratinho.

A deputada federal por sua vez, disse que também entrará na Justiça contra o apresentador. "Vamos entrar com uma ação cível com um pedido de [indenização] por danos [morais] contra o apresentador, mas também com uma ação criminal, porque foi tudo muito explícito", disse a deputada ao UOL News - Tarde, programa do Canal UOL.

"Isso [a incitação] se torna ainda mais grave porque ele cometeu esses crimes utilizando uma concessão pública", pontuou Bonavides, lembrando que a fala foi dita no programa "Turma do Ratinho", da rádio Massa FM, de propriedade do apresentador.

Segundo Bonavides, a proposição foi feita tendo em vista que muitos casais homoafetivos, formados por duas mulheres ou por dois homens, ainda escutam nos cartórios, quando vão consumar a união, a expressão "homem e mulher". "Isso não tira o direito de ninguém, não traz problema nenhum para ninguém, pelo contrário: vai permitir que casais que estão sofrendo discriminação, em um momento em que deveria ser de alegria e celebração, possam também ser contemplados", afirmou.