Política
Analista avalia que eleição de deputados federais em AL será dividido em "série A" e "série B"
Analise se baseia no PEC da Reforma Eleitoral, de autoria do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), que impede coligações proporcionais

Com a possível ausência do distritão e coligações proporcionais nas eleições de 2022, o jornalista Edivaldo Júnior avalia que as regras da disputa eleitoral terá suas regras conhecidas, efetivamente, até o próximo sábado (2). Em conversa com um jornalista, um analista classifica que, nesse cenário, os atuais deputados federais de AL vão competir divididos em duas "séries".
“Veja bem, aqui em Alagoas a gente tem os deputados que tiveram mais de 70 mil votos. São cinco. Podemos considerar esses parlamentares, com maior estrutura, como os da série A. Os outros, que tiveram 70 mil ou menos podem ser considerados série B”, pondera o analista.
Por esse critério, estariam na "serie A": Arthur Lira (PP-AL), Marx Beltrão (PSD-AL), Nivaldo Albuquerque (PTB-AL), Sérgio Toledo (PL-AL) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL). Já na "série B": Tereza Nelma (PSDB-AL), Pedro Vilela (PSDB-AL), Severino Pessoa (REPUBLICANOS-AL) e Paulo Fernando dos Santos (PT-AL), o Paulão.
Na avaliação do analista, o esperado é que os atuais deputados disputem a eleição no mesmo campeonato, mas por “séries” diferentes.
“Juntos os deputados com 70 mil ou menos poderiam formar uma chapa para eleger de 2 a 3. Nesse caso o difícil seria convencer o Paulão (PT) a mudar de partido”, pontua.
“Já os que tem mais de 70 mil poderão se agrupar, em dois partidos, fazendo de 3 a 4 vagas”, emenda o analista.
Para o jornalista e o analista, essa estratégia é complexa, além de passar pela dificuldade de formar mais de quatro ou cinco chapas competitivas em Alagoas.
Edivaldo Júnior relembra as eleições de 2018 como um exemplo, com apenas 20 candidados a federal, incluindo os eleitos, tiveram mais de 10 mil votos em Alagoas. Entre os eleitos, apenas um atingiu o quociente (JHC) e apenas outros dois (Marx Beltrão e Arthur Lira) tiveram mais de 100 mil votos.
Essa análise se baseia no cenário de que, em 2022, se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não vetar a PEC da Reforma Eleitoral de Carlos Fávaro (PSD-MT), os partidos vão formar chapas individuais, podendo ter disputa de vagas pelas sobras na base de 80% do quociente do partido e 20% no mínimo do candidato. No caso de alagoas, o quociente deve ficar em 160 mil. Havendo sobras, será possível disputar vagas com 132 mil votos no mínimo.
