Municípios
Júri decide pela condenação do Ex-prefeito de Maribondo
Leopoldo Amorim foi a julgado hoje (26), pela morte do corretor Gerson Gomes, crime ocorreu em 2015
Leopoldo Amorim, ex-prefeito de Maribondo, foi a júri popular hoje, no Fórum de Marechal Deodoro, pela morte do corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira. O crime aconteceu em 2015. Leopoldo é acusado de ter mandado matar Gerson após desavenças motivadas por uma transação imobiliária.
A primeira testemunha a depor foi o irmão da vítima, João Assis Vieira Neto, que quando perguntado se conhecia o réu, disse que sabia muito bem do histórico dele de tráfico de drogas, cheques sem fundo e outras prisões que já ocorreram. Depois foi a vez do filho da vítima depor. Murilo Souto relatou ter ouvido o pai falar que sofreu ameaças de Leopoldo, após postergar pagar uma casa que tinha comprado da vítima. Segundo Murilo, o pai fazia cobranças incisivas, e o réu "disse que ia dar um jeito''. 20 dias depois o pai foi morto.
O filho disse ainda que o pai nunca comentou ter sofrido ameaças de mais ninguém, e que no dia do desaparecimento do pai, o Leopoldo tinha marcado um encontro com ele pra acertar a dívida. E, nesse mesmo dia o celular do pai foi desligado. O corpo do pai foi encontrado cerca de 15 dias após esse encontro. "O que fizeram com meu pai foi com uma covardia, mataram ele e jogaram num canavial para os bichos comerem ele. Meu pai está a podre, nem reconhecer foi possível, somente o IML conseguiu fazer isso. Não tive o direito de olhar para meu pai de novo e me despedir, o caixão teve de ficar fechado. Covarde", desabafou Murilo aos prantos.
O réu, que contava com cinco advogados na defesa, seguiu alegando inocência "Eu não tinha nada contra o Gerson, ele era uma pessoa maravilhosa, um amigo. Inclusive, eu dei o cargo de gerente na minha franquia porque ele era fantástico". E seguiu dizendo que era, inclusive, confidente da vítima, que Gerson confessava sempre para ele que estava sendo ameaçada por outro corretor de imóveis, cujo o nome seria Fernando.
Ao final do julgamento, o júri decidiu pela condenação de Leopoldo Amorim. A sentença foi de 13 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Os jurados reconheceram outra condenação dele por tráfico, o que agravou e a qualificadora de motivo fútil. O réu seguiu direto para o presídio.


