Nos últimos dias, Abel Ferreira vem repetindo que o Palmeiras “jogou a toalha” no Campeonato Brasileiro para focar na final da Libertadores contra o Flamengo, neste sábado (29/11). Após a derrota para o Grêmio, o treinador voltou a direcionar críticas à arbitragem, citando lances que, segundo ele, prejudicaram o time ao longo da competição.

“Depois do jogo contra o São Paulo, todos no clube começaram a perceber o que estava acontecendo. Agora querem criar a narrativa de que o Palmeiras desistiu. Não foi o Palmeiras que desistiu. O Palmeiras não desistiu do pênalti do Maracanã, não desistiu do pênalti do Santos, não desistiu do pênalti do Vitória em casa. O Palmeiras não desistiu”, afirmou Abel, reforçando sua insatisfação com pênaltis que considera não marcados.

As declarações do técnico repercutiram internamente e motivaram uma resposta direta da presidente Leila Pereira, que discordou da interpretação de Abel.

“Eu não acredito que esses últimos cinco jogos do Palmeiras, em que não conseguimos vencer, sejam por causa da arbitragem. Não posso terceirizar uma responsabilidade que é nossa. Nós não vencemos por responsabilidade e incapacidade nossa. Isso é muito claro para mim, para o nosso diretor de futebol e, acredito, também para o nosso treinador”, disse durante o Summit CBF Academy.

Leila também ressaltou que as falhas de arbitragem afetam todos os clubes, não apenas o Palmeiras. “Problemas de arbitragem não existem só com o Palmeiras. Todos entendem, inclusive a CBF, que os critérios precisam melhorar. Não acredito em má fé da arbitragem. O que existe é falta de treinamento e necessidade de aprimorar processos”, completou.