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Advogada de Babal Guimarães se defende de acusações após tentar impedir reportagem, em Maceió
Sindicato dos Jornalistas de Alagoas repudiou tentativa de impedir cobertura e prestou solidariedade aos profissionais
A prisão de Babal Guimarães, reincidente em casos de violência contra mulheres, ganhou repercussão não apenas pelo crime, mas também pela forma como foi acompanhada pela imprensa.
Nessa quarta-feira (10), em pronunciamento nas redes sociais, a advogada do influenciador, Karol Toledo, afirmou que não teve intenção de impedir a cobertura e que apenas reagiu a situações em que, segundo ela, o microfone foi colocado de forma invasiva.
“Respeito muito a imprensa, mas foram várias vezes esse microfone sendo encostado na minha boca, quando eu estava falando no balcão ou até no celular. Chegou um momento que extrapolou os limites. Em nenhum momento eu quis obstruir o trabalho da imprensa", afirmou ela, no Instagram.
A advogada também relatou que, após o episódio, passou a receber ataques em redes sociais e mensagens de ódio, inclusive com ameaças. “São muitos comentários, mensagens, até mesmo ligações. Isso me entristece, mas não me abala, porque eu sei a profissional que eu sou e o juramento que fiz na minha profissão. O mais contraditório é ver pessoas que dizem defender mulheres desejando coisas pesadas contra mim e minha família.”
Durante a chegada do réu à delegacia, a advogada Karol Toledo, responsável por sua defesa, se posicionou diante das câmeras e chegou a abraçar o cliente para evitar que fosse filmado. A atitude foi interpretada como uma tentativa de obstruir o trabalho dos jornalistas presentes.
Em vídeos que circularam nas redes sociais, Toledo aparece colocando a mão à frente das câmeras e reclamando da postura de alguns profissionais.
O caso repercutiu fortemente e levou o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal) a emitir uma nota oficial em defesa dos repórteres Mônica Ermírio e Vasni Soares, da TV Pajuçara, que estavam na cobertura.
A entidade repudiou a tentativa de impedir imagens e destacou que os profissionais atuaram com ética e responsabilidade. “Ao tentar impedir imagens de uma reportagem, a advogada demonstrou desconhecimento completo do que é o jornalismo. Em hipótese nenhuma vamos aceitar que colegas sejam desrespeitados no exercício profissional", diz trecho da nota.
O sindicato também reforçou que seguirá vigilante na defesa da categoria e da democracia, lembrando que não foi o primeiro, nem será o último caso em que jornalistas têm sua atuação questionada por motivos políticos ou pessoais.
*Estagiário sob supervisão


