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Protesto na Braskem denuncia crimes ambientais e exige reparação por danos em Maceió

Manifestantes lembram bairros destruídos e acusam empresa de tentar ocultar impactos enquanto promove discurso sustentável

Por Redação* 15/11/2025 15h03
Protesto na Braskem denuncia crimes ambientais e exige reparação por danos em Maceió
Protesto em frente à sede da Braskem relembrou famílias afetadas pelo afundamento do solo - Foto: Divulgação

Ativistas e integrantes de movimentos sociais realizaram, na manhã deste sábado (15), um ato em frente à sede da Braskem, em Maceió, para denunciar os impactos ambientais decorrentes da exploração de sal-gema e reforçar a memória dos cinco bairros destruídos pelo afundamento do solo. A mobilização reuniu participantes que exigem responsabilização e reparação integral pelos danos atribuídos à mineradora.

O protesto ocorreu paralelamente à tentativa da Braskem de reforçar sua imagem de sustentabilidade durante a COP 30, o que, segundo os manifestantes, se contrapõe aos prejuízos provocados em Alagoas. Nos últimos anos, cerca de 60 mil famílias tiveram de abandonar suas casas devido ao colapso geológico.

De acordo com os organizadores, o ato teve como objetivo destacar as comunidades que ainda convivem com desabamentos, remoções e perdas que impactam diretamente a rotina e o direito à moradia. “O discurso sustentável da empresa lá fora não apaga a destruição que ela causou aqui em Maceió”, afirmou o MST, presente na mobilização. “Não haverá silêncio enquanto a Braskem tentar mascarar seus crimes ambientais".

O protesto também dialogou com atos realizados fora de Alagoas. Enquanto moradores e ativistas se reuniam na capital alagoana, participantes em Belém (PA) integravam a Marcha Global pelo Clima, na Cúpula dos Povos, reforçando pautas relacionadas à justiça ambiental no país e no exterior.

Entre faixas e cartazes, os manifestantes lembraram as famílias afetadas e defenderam medidas eficazes que impeçam novos desastres, além de cobrar uma reparação ampla pelos impactos já sofridos pelas populações atingidas.

*Com informações do Jornal Extra