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Em protesto pacífico, movimento de vítimas da Braskem "tomam" a cadeira gigante na Ponta Verde

Entre as reivindicações, os protestantes solicitaram que a empresa não fosse vendida sem que antes houvesse a indenização total e justa dos atingidos pelo crime ambiental

Por Redação* 30/10/2023 11h11 - Atualizado em 30/10/2023 12h12
Em protesto pacífico, movimento de vítimas da Braskem 'tomam' a cadeira gigante na Ponta Verde
Com gritos de ‘justiça’, os protestantes se concentraram na rua fechada, na Ponta Verde - Foto: Reprodução / Instagram

Moradores dos Flexais e da Rua Marquês de Abrantes, no bairro de Bebedouro, fizeram um protesto neste domingo (29), em Maceió. Entre as reivindicações, eles, que fazem parte do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), solicitaram que a empresa não fosse vendida sem que antes houvesse a indenização total e justa dos atingidos pelo crime ambiental.

Com gritos de ‘justiça’, os protestantes se concentraram na rua fechada, na Ponta Verde, e “tomaram”, pacificamente, um dos pontos turísticos mais famosos da região, a cadeira gigante, para dar visibilidade aos protestos. Em uma das faixas, era solicitado ao senador Renan Calheiros (MDB), que não permitisse a venda.




Renan Calheiros fez o pedido para criação da CPI da Braskem, apresentada em setembro e aprovada pelo Senado Federal na última terça-feira (24).

No texto, Calheiros diz que a Braskem não repara devidamente os danos causados pela sua atuação em Alagoas, que provocou um dos maiores êxodos urbanos da história do Brasil, fazendo com que 60 mil pessoas deixassem as suas casas. Ele também afirma que a empresa não presta contas devidamente e aponta a necessidade de investigar a solvência e distribuição de dividendos entre acionistas.

Em um dos vídeos divulgados nas redes sociais, podem-se ouvir reivindicações ao prefeito de Maceió, JHC (PL). ‘’Prefeito de internet que não valoriza as vítimas da Brakem, que não valoriza aqueles que votaram nele. ’’, diz um trecho.





Jhc se envolveu recentemente em mais uma polêmica ao comprar o Hospital do Coração. Vereadores da oposição denunciam que o valor pago de R$ 266 milhões pela prefeitura não foi decorrente de crédito suplementar, mas sim do acordo com a Braskem, o que tornaria o processo ilegal.