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Ministro quer modernização das Forças Armadas

Por Agência Brasil 13/11/2020 14h02
Ministro quer modernização das Forças Armadas
Foto: Carolina Antunes

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, falou hoje (13) sobre a necessidade de modernização dos equipamentos usados pela Aeronáutica, Exército e Marinha. “Estamos buscando a recuperação da capacidade operacional das Forças”, disse o ministro ao participar de um seminário realizado pela Escola Superior de Guerra, sobre a política e as estratégias nacionais de defesa.

Nossos aparelhos, nossas principais máquinas e equipamentos, são de 50 anos de duração. Então, eles necessitam de uma modernização, uma atualização, de novos equipamentos. A capacidade operacional das Forças têm que ser revistas”, acrescentou Silva, lamentando que, por questões orçamentárias, alguns projetos considerados prioritários precisam ser repensados ao longo de sua execução.

Não tem mágica. Ou a gente muda o escopo do projeto, muda a quantidade, ou o estica na linha do tempo. O projeto Guarani, por exemplo, as últimas unidades só serão entregues em 2041”, disse Silva, se referindo ao projeto iniciado em 2007, e que, entre outras coisas, visa a reequipar o Exército com novas viaturas blindadas.

Afirmando que o atual cenário mundial “apresenta novas apreensões”, o ministro citou, como exemplos, a existência de ameaças cibernéticas, tráfico de drogas e crises humanitárias. Além disso, mencionou o risco de crimes ambientais, citando o misterioso surgimento de óleo no litoral brasileiro, em 2019, e ainda não esclarecido. “Há ameaças ambientais. Que tivemos. O derramamento de óleo pegou o [litoral do] Nordeste todo e chegou até o Sudeste.”

Lembrando que, em julho, o Ministério encaminhou ao Congresso Nacional sua proposta de revisão da Política e da Estratégia Nacional de Defesa, além do chamado Livro Branco de Defesa Nacional (documento que torna público algumas das principais atividades e estrutura das Forças Armadas), Silva afirmou que, ao longo dos últimos dois anos, cumpriu dois de seus principais objetivos à frente da pasta. Um deles, a reestruturação da carreira militar.

Muitos confundem com aumento [salarial]. Não é nada disso. Isto visa exatamente dar um incentivo à carreira militar, seja para os praças, seja para os oficiais”, comentou o ministro, citando também a proposta de atualização dos documentos que norteiam as atividades de defesa nacional. “São documentos ostensivos que mostram a transparência em relação aos assuntos de Defesa”, explicou Silva, referindo-se à Política Nacional; à Estratégia Nacional e ao Livro Branco de Defesa. Assuntos que, para o ministro, precisam ser discutidos com o conhecimento de toda a sociedade.

A política de Defesa é revista a cada quatro anos. Por força de lei, [as propostas têm que ser] remetidas para apreciação do Congresso Nacional, para fomentar o debate com os representantes do povo. Tentamos envolver a sociedade civil, os mandatários do poder, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”, comentou Silva, garantindo que, na atual proposta, “pouca coisa mudou, pois os objetivos e as ações continuam as mesmas”.