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Eliminações, polêmicas e recuperação judicial: relembre a temporada do CSA em 2023

Sem mais chances de classificação na Série C, Azulão cumpri tabela neste sábado (26) contra o Amazonas, fora de casa

Por Shelton Melo* 22/08/2023 17h05 - Atualizado em 22/08/2023 21h09
Eliminações,  polêmicas e recuperação judicial: relembre a temporada do CSA em 2023
CSA cai para Ponte Preta e promove mudanças no departamento de futebol - Foto: Aílton Cruz/Gazeta de Alagoas

Oficialmente acabou a temporada 2023 para o CSA, no sentido de disputar chances de classificação na Série C do Campeonato Brasileiro. Depois de novamente empatar em casa, no último domingo (20), contra o Remo, a equipe azulina precisava que o São Bernardo, não vencesse o Ipiranga, o que não aconteceu.

Como o Azulão do Mutange está com 24 pontos e resta apenas uma partida para encerrar a primeira fase do campeonato, pode atingir no máximo 27 pontos, pontuação inferior a do próprio São Bernardo, oitavo colocado, com 28 pontos, no momento. A saber, se classificam à segunda fase  do torneio os oito primeiros colocados. 

A falta de calendário, daqui por diante, reflete muito os percalços que o time enfrentou dentro e fora de campo desde o começo da temporada:

• Passou por eleição presidencial em fevereiro, elegendo Rafael Tenório;
• Contratou três comissões técnicas: Roberto Fonseca, Vinícius Bergatin e Marcelo Cabo, que não conseguiram atingir seus objetivos;
Entrou com pedido de recuperação judicial junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas, alegando dívida aproximada de 20 milhões;
• Eliminado do Campeonato Alagoano, Copa do Nordeste, Copa Alagoas; não vai disputar a Copa do Brasil de 2024 e não conseguiu avançar à segunda fase da Série C.

Em campo, Roberto Fonseca não viveu bom momento: deixou o time na vice-lanterna do alagoano após derrota para o Aliança. Ao todo, comandou o CSA em oito jogos oficiais. Foram duas vitórias, três empates e três derrotas.

Vinicius Bergatin, que também chegou em fevereiro, esteve à frente da equipe em 21 partidas. Somou oito vitórias, oito empates e cinco derrotas - 80% de rendimento. A demissão foi em junho. A diretoria do clube foi ao mercado e trouxe Vinícius Bergatin, que passou cinco meses no cargo. Em 21 jogos, o novo mandachuva obteve oito triunfos, oito empates e cinco baixas. Após derrota na Copa do Brasil, porém, também saiu.

No mesmo dia, o carioca Marcelo Cabo foi anunciado. Apesar de experiente, campeão da Série C com o clube em 2016, em campo, o cenário do CSA não melhorou: pressão da torcida, insatisfação com rendimento e poucos pontos conquistados. Resultado: chance de classificação na berlinda.

Rafael Tenório não aguentou. Chamou o time de “medíocre”
, após empate, com sabor de derrota, contra o Botafogo, em casa. Disse que renunciaria ao cargo. Não fez. Comunicou ao Conselho Deliberativo que se afastaria por 30 dias. Reiterou isso, inclusive, durante entrevista coletiva à imprensa.

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“Eu pedi afastamento por 30 dias. A Mirian vai comandar o clube. Ontem, eu agi como torcedor. Eu quero sempre ver o CSA ganhando. A gente se esforça, cumpre as obrigações, e os resultados não vêm. Como torcedor, eu desabafei. Não vou renunciar, apenas me afastar para refletir um pouco. Já conversei com o presidente do Conselho e apresentei meu pedido de licença", afirmou.

Nesta terça-feira (22), Mirian Monte fez um balanço da temporada do clube, lamentou a campanha fraca na Série C e reiterou o desejo de Rafael Tenório seguir no clube. Ainda, reiterou que “o clube está em funcionamento e todas medidas necessárias estão sendo adotadas”, visando a temporada em 2024.

Resta esperar. Sem chance de conquistar mais nada em 2023, o CSA disputará o último jogo do ano neste sábado (26), contra o líder Amazonas, a partir das 16h, no estádio Carlos Zamith. A missão do time azulino desta vez será quebrar jejum de três partidas sem vencer.

*Estagiário sob supervisão