Economia

Lula sanciona nova faixa de isenção do IR; 15 milhões deixarão de pagar imposto

Lei amplia isenção para salários de até R$ 5 mil e cria descontos para rendas intermediárias; altas rendas terão taxação maior

Por Esther Barros 26/11/2025 09h09
Lula sanciona nova faixa de isenção do IR; 15 milhões deixarão de pagar imposto
Imagem ilustrativa - Foto: Marcello Casal Jr.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona nesta quarta-feira (26) a lei que reformula a tributação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), ampliando a isenção para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil mensais. A medida também prevê descontos para rendimentos de até R$ 7.350 e aumenta a tributação sobre contribuintes de alta renda.

De acordo com o governo federal, aproximadamente 15 milhões de brasileiros deixarão de pagar imposto de renda com as novas regras. As mudanças passam a valer a partir de janeiro do próximo ano.

A cerimônia de sanção será realizada às 10h30, no Palácio do Planalto, seguida de detalhamento técnico por parte do Ministério da Fazenda.

Como ficam as novas regras

Proposta pelo Executivo em março, a legislação foi aprovada pela Câmara dos Deputados em outubro e, mais recentemente, pelo Senado. Atualmente, apenas quem recebe até R$ 3.076 está isento. Com a nova lei, o limite sobe para R$ 5 mil, ampliando significativamente o grupo de trabalhadores livres da cobrança.

Para quem recebe entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, haverá redução proporcional no valor do imposto devido — quanto menor a renda dentro dessa faixa, maior o desconto na tabela.

Contribuintes com rendimentos superiores a R$ 7.350 permanecem submetidos às alíquotas tradicionais.

Compensações

Para equilibrar o impacto fiscal da ampliação da isenção, o governo instituiu uma alíquota adicional progressiva de até 10% sobre rendas anuais acima de R$ 600 mil, além de determinar a tributação de 10% sobre lucros e dividendos enviados ao exterior.

A equipe econômica afirma que as medidas compensatórias garantem sustentabilidade à reforma e reforçam o caráter de justiça tributária do novo modelo.

*Com informações Agência Brasil