Economia

Banco do Nordeste e seus colaboradores projetam destinação de R$ 2,8 bilhões do FNE para Alagoas em 2026

Encontro aconteceu nesta terça-feira, 23, na Superintendência Estadual do BNB. Proposta inclui distribuição dos recursos entre os setores de infraestrutura, pecuária, comércio e serviços, agricultura

Por Assessoria 23/09/2025 17h05 - Atualizado em 23/09/2025 17h05
Banco do Nordeste e seus colaboradores projetam destinação de R$ 2,8 bilhões do FNE para Alagoas em 2026
Banco do Nordeste e parceiros planejam alocação orçamentária de R$ 2,8 bilhões do FNE em Alagoas para 2026 - Foto: Assessoria

O Banco do Nordeste (BNB) reuniu nesta terça-feira, 23, parceiros institucionais e representantes dos setores produtivos do estado, para o planejamento orçamentário dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) em Alagoas, no próximo ano. O encontro, que aconteceu no auditório da Superintendência Estadual do BNB, em Maceió (AL), validou a proposta de alocação de R$ 2,82 bilhões do FNE para a economia alagoana, nos segmentos de infraestrutura, pecuária, comércio e serviços, agricultura, turismo, agroindústria, indústria e pessoa física.

O FNE, administrado pelo Banco do Nordeste, é a principal fonte de financiamento da instituição, criado pela constituição de 1988 e voltado a investimentos nos diversos segmentos econômicos da área de atuação do banco (Nordeste e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo).

Setores


Pela proposta, o segmento de infraestrutura ficou com a maior dotação de recursos (R$ 767 milhões), seguido por pecuária (R$ 682,5 milhões), comércio e serviços (R$ 559,9 milhões), agricultura (R$ 325,7 milhões), indústria e agroindústria (R$ 289,1 milhões), turismo (R$ 191,3 milhões) e pessoa física (R$ 12,6 milhões).

De acordo com o gerente de Desenvolvimento Territorial do BNB em Alagoas, Manoel Roberto Muniz, que conduziu o evento, a construção colaborativa da proposta visa alocar de forma mais eficiente os recursos do FNE. “Não teria sentido o banco de forma isolada aplicar os recursos sem ouvir os parceiros institucionais e os setores produtivos. Nós levamos em conta essa contribuição que nos aponta as demandas para financiamentos no estado, em 2026, os investimentos previstos, as atividades com maior potencial de expansão, as sugestões de cada setor, além do histórico de contratação do banco no estado”, ressalta.

O gestor enfatiza ainda que o valor do FNE destinado ao estado no próximo ano (R$ 2,82 bilhões), bem como a distribuição orçamentária consolidada na reunião, não significa teto de recursos. “O valor para 2026 já representa aumento de 11% em relação ao orçamento de 2025. Além disso, o que planejamos hoje é uma previsão de investimento; se tivermos bons projetos, demandas por crédito que ultrapassem esse valor, vamos apoiar”, afirma.

Parceria


Na ocasião, a representante do Sebrae/AL, Renata Fonseca, salientou a parceria com o Banco do Nordeste no tocante ao fortalecimento das micro e pequenas empresas, destacando o apoio da instituição no avanço do crédito com garantia do Fampe (fundo de aval concedido pelo Sebrae aos financiamentos realizados com o segmento). “Com o Fampe, nossa parceria, que já era forte, vai ficar mais forte ainda”, declarou.

Já o presidente da Emater/AL, Areski Freitas Júnior (Kil Freitas), falou sobre a importância da proposta consolidada no evento para impulsionar a agricultura local. “Temos uma grande parceria com o Banco do Nordeste, principalmente com o crédito do Pronaf, que dá suporte à agricultura familiar e que cumpre um papel crucial na segurança alimentar dos brasileiros”, disse.

Também participaram da reunião, representantes da Secretaria Estadual de Turismo, Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Federação da Agricultura do Estado de Alagoas (Faeal), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag), Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), Fecomercio, Câmara de Dirigentes Lojistas de Alagoas (CDL), Conselhos Regionais de Economia e de Administração, União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), entre outros.

Diretrizes 2026


Durante o encontro, foram apresentadas as diretrizes para aplicação dos recursos, a exemplo de percentual mínimo de 62% em projetos dos portes considerados prioritários (microempreendedores urbanos e rurais, agricultores familiares, mini e pequenos produtores rurais, micro e pequenas empresas e empresas de porte pequeno-médio).

Para 2026, o foco de aplicação dos recursos do FNE será voltado principalmente a projetos que promovam a agricultura familiar e a agroindústria; energias renováveis; indústria de transformação e inovação; infraestrutura; Novo PAC; serviços digitais e tecnológicos; saúde, educação e assistência social; turismo, cultura e economia criativa.

Essas políticas de aplicação do FNE são definidas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).