Como 'dupla ação de governo', agregando Paulo e Renan, projetou Alagoas no cenário nacional

Ao longo de décadas, Estado foi identificado pelo tamanho diminuto, belezas naturais e extrema violência

Por Romero Belo Vieira 31/12/2025 17h05
Como 'dupla ação de governo', agregando Paulo e Renan, projetou Alagoas no cenário nacional
Paulo Dantas e Renan Filho mudam história e projetam Alagoas no cenário nacional - Foto: Assessoria

Não é coisa de 'antigamente'. Na reta final do século passado - anos 70, 80 e 90 - Alagoas tinha como referências o território diminuto, maior apenas do que Sergipe, suas belezas naturais refletidas na paisagem composta por praias irresistíveis, lagoas e rios, e a violência social sem controle, tão intensa que, em muitas situações, lembrava os filmes de bang-bang do Velho Oeste americano.

A criminalidade, produto da ignorância e falta de investimento em educação, imperou nos tempos dos 'coronéis sem patente' e atingiu o climax na década de 1980 com a guerra declarada entre membros da família Cavalcanti Lins (então identificada como 'Calheiros') e familiares do célebre Cabo Henrique. O conflito produziu muitas vítimas, incluindo o juiz de Direito Gabriel Soares e o advogado e jornalista Tobias Granja. Alagoas liderava a criminalidade nacional.

A situação serenou um pouco a partir de 1990, mas a violência recrudesceu no Novo Século com mortandade crescente entre os anos 2010 e 2014, a ponto de obrigar o então governador Teotonio Vilela Filho a pedir socorro ao governo federal, o que fez a então presidente Dilma Rousseff antecipar, com ações em Alagoas, a execução de um plano nacional de segurança ainda em formatação.

Reversão da criminalidade

A realidade alagoana, contudo, começou a mudar efetivamente, e não somente em termos de segurança pública, a partir de 2015, com a chegada de Renan Filho (então jovem deputado federal) ao comando do Estado. O novo governo de imediato declarou guerra à bandidagem, confrontos entre criminosos e policiais se sucederam e logo começou uma fuga incessante de bandidos e pistoleiros originários de outras regiões do Brasil.

Não demorou e a sociedade alagoana começou a sentir queda vertiginosa da violência refletida nos índices declinantes de assaltos a agências bancárias, invasões de domicílios, ataques a postos de combustíveis, assaltos a coletivos urbanos, roubos de cargas nas estradas, invasões de conjuntos residenciais e outras modalidades de crimes. Menos de oito anos depois, Renan Filho deixou o governo e o clima de segurança prosseguiu, avançando ainda mais com a chegada do então deputado estadual Paulo Dantas.

Renan se elegeu senador e isso poderia tê-lo mantido sem 'cargo de gestão', mas tudo mudou com a sua posse no Ministério dos Transportes num dos maiores acertos do presidente Lula ao compor o Ministério de seu terceiro governo.

O ministro viajou pelo Brasil, executou obras viárias grandiosas em praticamente todos os Estados, mas, cumprindo por aqui o que todos dele esperavam, priorizou Alagoas. Conferiu primazia ao seu Estado natal e tem sido um extraordinário aliado do governador Paulo Dantas, cujo projeto de desenvolvimento se apoia grandemente em construção de novos trechos rodoviários, em restauração e duplicação de grandes rodovias e na construção de grandes viadutos e pontes, a exemplo da estrutura sobre o Rio São Francisco, que vai ligar Penedo a Neópolis, em Sergipe, uma obra histórica há muita sonhada e reivindicada.

Avanço do sistema viário

Não houve plágio nem inspiração, foi só uma questão de mentalidade. Com o slogan 'cinquenta anos em cinco', Juscelino Kubistchek alcançou o desenvolvimento cortando o Brasil com grandes rodovias em todas as direções. Aqui, Paulo Dantas não prometeu 'quarenta anos em quatro', mas adotou a mesma política desenvolvimentista de JK construindo, restaurando, ampliando e duplicando rodovias.

O resultado está aí: as distâncias encurtadas facilitam o escoamento da produção rural, movimentam o comércio e atraem cada vez mais turistas que visitam Alagoas desfrutando de conforto e segurança em aprazíveis viagens por estradas seguras e bem cuidadas.

Em parceria com Renan Filho, Paulo Dantas já inaugurou dezenas de trechos rodoviários, muitos deles duplicados, favorecendo quem viaja pelas BR-101, BR-316, AL-220, AL-101 Norte, BR-104, além da BR-424 e BR-316 no contexto do Arco Metropolitano voltado para a melhoria da mobilidade em Maceió. Um avanço fantástico do sistema viário estadual.

Saúde, educação, segurança

Otimista e determinado, Paulo Dantas entra no último ano de seu segundo mandato com plena consciência do dever cumprindo e executando novas ações, contínuas e abrangentes, beneficiando os setores essenciais do Estado: educação, saúde e segurança.

Novos hospitais na capital e interior, UPAs e Centros de Saúde, um número recorde de escolas de tempo integral, programas como Escola 10, CRIA (de apoio à infância) e o Alagoas Sem Fome (com ações de combate à insegurança alimentar) além de investimentos vultosos na segurança pública, fazem do governo alagoano um exemplo de gestão dinâmica e produtiva.

Tanto que a União e outros estados estão replicando programas adotados aqui com sucesso, como o CRIA e o Escola 10. Outro avanço excepcional contempla a segurança da população com redução contínua dos índices de crimes violentos. Receita? Investimento maciço em aquisição de armas e viaturas, em construção de Centros Integrados (CISPs), em ampliação dos efetivos das Polícias Militar e Civil, em sistemas de inteligência.

Paulo fez ainda do combate à pobreza e miséria um objetivo permanente de seu governo. Com o programa Alagoas Sem Fome propiciou a produção de alimentos, envolvendo o setor produtivo, instituições privadas e sociedade civil. A luta contra a falta de alimentos é ampla, irrestrita, mas o foco central tem sido chegar primeiro às famílias com crianças em situação de fome e vulnerabilidade.

Compromisso com Alagoas

Com novos e grandes investimentos a fazer e incontáveis obras para começar, executar e entregar ao longo de 2026, mas sendo político vocacionado, natural seria que o governador vivesse um dilema entre o final de 2024 e início de 2025: cumprir o mandato até o fim ou renunciar em abril para disputar as eleições?

Lideranças, os aliados mais influentes, assessores e os próprios correligionários torceram para que Paulo Dantas se compusesse com a Assembleia Legislativa e deixasse a chefia do Executivo para concorrer. Seria eleito sem dificuldade deputado federal, mas, com a disparada de sua aprovação, seria também fortíssimo concorrente a uma das vagas de senador.

Paulo, entretanto, avaliou tudo e, num gesto de compromisso para com o Estado e os alagoanos em geral, decidiu permanecer até a conclusão do mandato em 31 de dezembro de 2026. Assim fazendo, colocou os interesses de Alagoas e da população acima dos projetos pessoais. Preferiu concluir e entregar todas as obras programadas sem deixar 'restos' para o sucessor.

Decisão difícil e rara, com certeza, mas o governador tinha uma motivação especial para tomá-la: o equilíbrio orçamentário e o crescimento das finanças estaduais, trunfo herdado de Renan Filho e mantido com inabalável efetividade. Traduzindo: tinha cofre para cumprir tudo que prometeu e planejou, sem depender de indenização, sem condicionar gastos a eventual aporte financeiro da Braskem...

Foi assim, em suma, que dois governos construíram um novo destino para Alagoas. As mudanças asseguradas pelas gestões de Renan Filho e Paulo Dantas ampliaram a receita, facilitaram a obtenção de financiamentos a juros módicos, elevaram o PIB estadual, impulsionaram a criação de novas empresas e milhares de empregos, de modo que todos esses avanços acabaram por colocar Alagoas em destaque no cenário nacional, ocupando com méritos de sobra o mesmo nível de desenvolvimento dos grandes Estados brasileiros.

E tudo isso, vale registrar, tem sido acompanhado, dia após dia, aqui e à distância, através de cobertura incessante e metódica da Secretaria Estadual de Comunicação, cujo titular, jornalista Wendel Palhares, faz da Internet um mecanismo de perfeita interação entre o poder público e a sociedade, transformando cada cidadão no objeto central da comunicação oficial praticada pelo Estado alagoano. Fonte inesgotável de notícias, a Agência Alagoas é a maior prova disso.

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Sobre o blog

Iniciou-se no Jornalismo como redator do Diário de Pernambuco. Foi editor do Diário da Borborema (PB) e do Jornal de Alagoas. Exerceu os cargos de secretário de Comunicação da Prefeitura de Maceió e do Estado de Alagoas.

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