Cooperativismo

Juros elevados e inflação: cooperativas de crédito surgem como alternativa para economia

Enquanto governo aposta em consumo, taxa Selic nas alturas encarece empréstimos e coloca cooperativas de crédito como alternativa estratégica para pequenos negócios

Por Redação 31/12/2025 18h06 - Atualizado em 31/12/2025 18h06
Juros elevados e inflação: cooperativas de crédito surgem como alternativa para economia
Segundo pesquisa, 32% da população acredita que a economia brasileira permaneceu do mesmo jeito - Foto: Getty Images Signature/Canva

O cenário econômico para 2026 projeta um ano de "cabo de guerra" entre o estímulo ao consumo e o controle da inflação. De um lado, políticas do governo buscam aquecer a atividade econômica; de outro, o Banco Central mantém o pé no freio com juros elevados.

Um dos grandes motores de incerteza para o próximo ano é a nova faixa de isenção do Imposto de Renda. A medida deve injetar R$ 28 bilhões na economia a partir de janeiro, mas o impacto real no consumo e na inflação ainda é uma incógnita para o Banco Central.

Com a pressão da demanda e o risco fiscal no radar, as projeções indicam que a taxa Selic deve encerrar 2026 em 12,5%. Esse patamar elevado é visto como necessário para conter a inflação, mas traz como efeito colateral um crédito mais caro para o cidadão e para as empresas.

O debate macroeconômico aponta um desalinhamento entre política fiscal, com o governo federal focando em incentivos ao consumo e transferências de renda e a política monetária, com a autoridade monetária atuando de forma contracionista, subindo juros para mitigar o chamado "Risco Brasil".

Esse descompasso aumenta a sensibilidade do mercado a instabilidades políticas e pode frear o ritmo de crescimento do país.

O papel estratégico das cooperativas de crédito


Nesse ambiente de crédito restrito, as cooperativas de crédito surgem como uma alternativa vital para a economia local. Com maior proximidade do cliente, essas instituições devem focar em:

Sustentação do crédito:
apoio a pequenos negócios e produtores rurais que sofrem com os juros altos.


Educação financeira:
auxílio aos associados no planejamento de longo prazo em tempos de inflação persistente.


Eficiência operacional:
reforço na gestão de riscos para equilibrar o custo de captação elevado pela Selic.


A inflação continuará sendo o termômetro do ano, afetando não apenas o poder de compra, mas também a confiança dos investidores e o ambiente político. O desempenho de 2026 será decisivo para os indicadores sociais e a estabilidade institucional do Brasil.