Economia

Brasil tem desemprego de 5,8% no tri até junho, menor da série e abaixo do esperado

A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 6,0 por cento por cento no período

Por InfoMoney 31/07/2025 09h09
Brasil tem desemprego de 5,8% no tri até junho, menor da série e abaixo do esperado
O mercado de trabalho segue resiliente e deve continuar aquecido - Foto: Amanda Perobelli/Reuters

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,8 por cento nos três meses até junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 6,0 por cento por cento no período.

Trata-se da menor taxa de desocupação já registrada na série histórica, iniciada em 2012. Também foram recordes a taxa de participação na força de trabalho (62,4%), o nível da ocupação (58,8%, igualando-se ao trimestre de setembro a novembro de 2024) e o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,0 milhões. Outro destaque foi a quantidade de desalentados, com quedas, de 13,7% frente ao trimestre encerrado em maio, e de 14,0% ante o mesmo período de 2024. Os dados são da PNAD Contínua Mensal, divulgada nesta quinta-feira (31) pelo IBGE.

“O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) ficou em 14,4%, caindo 1,5 p.p. na comparação com o trimestre anterior (15,9%). Frente ao mesmo trimestre de 2024 também houve queda, de 2,0 p.p.

De abril a junho de 2025, cerca de 6,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. No confronto com o trimestre móvel anterior (janeiro a março de 2025), no qual 7,6 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 17,4%, equivalente a menos 1,3 milhão de pessoas. Comparado a igual trimestre do ano passado, quando existiam 7,4 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 15,4%, uma redução de 1,1 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho.

A quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em junho deste ano era de aproximadamente 102,3 milhões, avanço de 1,8% em relação ao trimestre anterior. Na comparação contra o trimestre encerrado em junho de 2024, quando havia no Brasil 99,9 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas). O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,8%, expansão de 0,9 p.p. ante o trimestre de janeiro a março de 2025 (57,8%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,8%), esse indicador teve variação positiva de 1,0 p.p. O nível da ocupação no trimestre encerrado em junho de 2025, assim, igualou o recorde histórico do índice, obtido no trimestre móvel de setembro a novembro de 2024.