Cooperativismo

Criptomoeda: aceitar ou não nos negócios das cooperativas?

Segundo a advogada Mariana Domingues, "A nova regulamentação americana é um sinal claro da crescente aceitação da criptomoeda.

Por BR Cooperativo 21/02/2024 09h09
Criptomoeda: aceitar ou não nos negócios das cooperativas?
Criptomoeda: aceitar ou não nos negócios das cooperativas? - Foto: Reprodução

A integração da criptomoeda ao sistema financeiro formal recebeu um impulso significativo com a recente regulamentação dos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos. Para membros de cooperativas que consideram investimentos neste campo inovador, as implicações são vastas e merecem uma análise cuidadosa.

Segundo Mariana Domingues, renomada advogada em direito digital e empresarial, “A nova regulamentação americana é um sinal claro da crescente aceitação das criptomoedas na economia formal. Ela cria um equilíbrio entre a inovação e a proteção ao consumidor, abordando questões críticas como segurança, estabilidade financeira e prevenção de crimes financeiros.”

Este desenvolvimento não só apresenta desafios, mas também abre portas para o mercado brasileiro. As empresas que trabalham com Bitcoin e outras criptomoedas precisarão se alinhar às novas normativas, especialmente se tiverem operações ou parcerias nos Estados Unidos. “As empresas brasileiras precisam estar atentas às mudanças regulatórias internacionais, adaptando suas políticas de compliance e operações para evitar riscos legais e financeiros”, enfatiza Mariana.

Os investidores brasileiros também sentirão o impacto dessas mudanças. A volatilidade do mercado de criptomoedas é conhecida por seus altos retornos potenciais, mas também acarreta riscos significativos. “Com a nova regulamentação, espera-se uma maior estabilidade e previsibilidade no mercado de criptoativos, o que pode ser um fator positivo para a decisão de investimento”, analisa Mariana.

Regulamentação da criptomoeda

No cenário B2B, a especialista vê a regulamentação como um possível catalisador para o envolvimento mais profundo das entidades tradicionais no mercado de criptoativos. “Empresas, fundos de pensão e gestores de ativos podem agora considerar o Bitcoin em suas estratégias de investimento, graças à segurança e legitimidade proporcionadas pela regulamentação.”

A introdução dos ETFs de Bitcoin regulamentados promete aumentar o interesse dos investidores institucionais, tornando o investimento em criptoativos mais acessível e regulado. Além disso, Mariana acredita que “isso pode reduzir a percepção de risco e encorajar a integração do Bitcoin e outras criptomoedas em estratégias de investimento mais tradicionais.”

Quanto à performance atual do Bitcoin, dados da CoinMarketCap indicam um crescimento contínuo no mercado de criptomoedas. No entanto, é crucial considerar esses números à luz da nova regulamentação e como ela pode afetar o mercado. Mariana ressalta: “O futuro do Bitcoin certamente passará por uma maior regulamentação e aceitação no mercado financeiro tradicional.”

Mariana Domingues S. Herold é uma figura proeminente no campo do Direito, com especialização em Tributário, Empresarial e do Trabalho. Sócia-fundadora do escritório Domingues & Herold Advogados, ela oferece consultoria estratégica em Direito Empresarial e Societário e atua como conselheira em conselhos administrativos.