Política
Com pacote de R$ 5 bi, Paulo vai gerar 42 mil empregos na Grande Maceió
Quando somados os postos indiretos, o número ultrapassa 65 mil vagas
O ambicioso plano de R$ 5 bilhões anunciado pelo governo Paulo Dantas para a Região Metropolitana de Maceió deve gerar 42.473 empregos diretos, conforme estimativa da Secretaria de Governança Corporativa de Alagoas. Quando somados os postos indiretos, o número ultrapassa 65 mil vagas – um impacto social e econômico de grande magnitude.
Para se ter ideia, o maior setor econômico privado, o sucroenergético, gera em Alagoas durante a safra de cana-de-açúcar cerca de 60 mil empregos diretos.
“Este é um investimento que movimenta a economia, cria oportunidades e transforma o território em verdadeiro canteiro de obras. Cada iniciativa significa emprego na construção civil e renda para o comércio local”, afirmou o governador Paulo Dantas. “Estamos fazendo o que nunca foi feito: um investimento planejado que devolve dignidade e impulsiona o desenvolvimento”, reforça o governador.
Comparando
Com o pacote, Paulo Dantas deve se tornar o governador que mais gerou empregos na história de Alagoas numa mesma região, a da Grande Maceió. A previsão de 42 mil empregos diretos equivale a quase todo o quadro de servidores públicos ativos no Estado, que soma 44.877, segundo dados oficiais.
Na prática, durante o período das obras, será como se o governo dobrasse o efetivo de servidores, concentrando uma parte expressiva da força de trabalho no programa de reconstrução da Grande Maceió.
Além disso, a geração esperada representa quase 10% do estoque atual de 477.528 empregos formais no setor privado até setembro deste ano, segundo os saldos reportados pelo CAGED — um acréscimo relevante para a economia local.
Para entender a magnitude desses 42 mil postos, basta olhar para o histórico recente de criação de vagas formais em Alagoas, de acordo com o CAGED:
2022: + 19.378 empregos com carteira assinada
2023: + 22.097 empregos com carteira assinada
2024: + 2.044 empregos com carteira assinada
2025: + 11.282 empregos com carteira assinada (até setembro)
Esses números mostram que o volume projetado com o pacote de obras do governo é equivalente a mais de dois anos inteiros de geração de emprego formal, segundo os dados oficiais do Estado.
Obras
De acordo com o governo, parte significativa das vagas virá de grandes intervenções previstas no plano “Alagoas Faz a Grande Maceió Maior”.
Triplicação da AL-101 Sul: trecho entre a ponte Divaldo Suruagy e a Barra de São Miguel, com aporte de R$ 500 milhões. Só essa obra deve gerar 7,4 mil empregos diretos, sendo 812 desde o início das intervenções.
Obras já em andamento, como a restauração da AL-101 Norte, recuperação de pontes — incluindo a Divaldo Suruagy — e restauração de rodovias em 13 municípios da região metropolitana, geraram até agora mais de 4 mil empregos diretos.
Investimentos em pavimentação, drenagem e urbanização nas sedes municipais da Grande Maceió, especialmente entre Maceió e a Barra de Santo Antônio, foram projetados para gerar mais 2.938 vagas diretas.
Redução do desemprego
Segundo o governo, a mobilização de mão de obra nessas obras deverá contribuir fortemente para a redução da taxa de desocupação no Estado. No terceiro trimestre de 2025, a taxa de desocupação era de 7,7%, de acordo com o IBGE — uma das menores do Nordeste.
Além da geração de emprego, o investimento tem forte caráter social: será usado para infraestruturas essenciais como saneamento, moradia, saúde e educação nos 13 municípios da região metropolitana, segundo anúncio oficial. Para Paulo Dantas, o momento marca mais do que obras físicas — é também uma “reparação territorial e social”.


