Política

Trump recebe Zelensky com o apoio de aliados de Kiev

Presidente da Ucrânia usou as redes sociais para dizer que deseja o fim da guerra, mas insinuou que o país não vai ceder territórios à Rússia.

Por Redação* 18/08/2025 09h09 - Atualizado em 18/08/2025 09h09
Trump recebe Zelensky com o apoio de aliados de Kiev
Essa será primeira visita de Zelensky a Washington após ter sido repreendido publicamente por Trump e seu vice-presidente J.D. Vance no Salão Oval em fevereiro - Foto: Getty Images

Às vésperas do encontro com Donald Trump, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que "os ucranianos estão lutando por sua terra, por sua independência" e sinalizou que a Ucrânia não vai ceder territórios a Rússia para acabar com a guerra. A declaração foi feita na rede X, na noite do domingo (17).

O presidente americano disse ainda que Zelensky "pode encerrar a guerra com a Rússia quase imediatamente, se quiser, ou pode continuar lutando".

O presidente ucraniano não mencionou diretamente a publicação de Trump, mas comentou a proposta de abrir mão da Crimeia. "Todos nós compartilhamos um forte desejo de encerrar esta guerra de forma rápida e confiável. E a paz deve ser duradoura. Não como foi anos atrás, quando a Ucrânia foi forçada a ceder a Crimeia e parte do nosso Leste — parte de Donbas — e Putin simplesmente usou isso como trampolim para um novo ataque", disse Zelensky.

"Claro, a Crimeia não deveria ter sido cedida naquela época, assim como os ucranianos não cederam Kyiv, Odesa ou Kharkiv depois de 2022. Os ucranianos estão lutando por sua terra, por sua independência", completou.

Ainda na postagem, Zelensky disse que já está em Washington para o encontro com Trump que ocorre nesta segunda (18). 

Trump se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira (15). Após o encontro, o americano passou a defender um acordo pelo fim da guerra. Em entrevista à TV Fox News, ele disse que Zelensky deveria aceitar a oferta de Putin porque "a Rússia é uma grande potência e eles [ucranianos], não". 

O governo de Kiev, por sua vez, tem insistido que não aceitará abrir mão de territórios nem abandonar o objetivo de integração à Otan, apesar da pressão internacional.

*Com informações do G1