Davi Davino Filho deixou o PP em março deste ano para embarcar no Republicanos. Mudou de partido, deixou de receber garantia do presidente nacional, deputado federal Marcos Pereira, de quem terá legenda para disputar o Senado.

A saída do Progressistas marcou o rompimento da aliança que manteve, desde 2020 com o deputado federal Arthur Lira. Davi Davino Filho disputou a prefeitura de Maceió em 2020 e o Senado em 2022 com excelente performance.

Em meio as disputas majoritárias tornou-se no nome mais popular da antiga legenda em Alagoas. EM 2024, no entanto, ficou frustrado ao ser preterido na disputa para a prefeitura de Maceió, A expectativa era que fosse o vice de JHC. Com a escolha de Rodrigo Cunha (Pode), ele sinalizou que toparia disputar a prefeitura, mas Arthur Lira negou a legenda, estremecendo a relação entre os dois.

Para 2026, Davi Davino Filho segue bem posicionado e aparece entre os mais citados em pesquisas para o Senado e bem posicionado para o governo. Chegou a ser sondado – há que diga que foi até convidado – para disputar o governo por Arthur Lira.

Se aceitar a disputa para o governo, Davi Davino Filho “limpa” o terreno para Arthur Lira em 2026. O ex-presidente da Câmara dos Deputados vai disputar o Senado no próximo ano. Por acordo, ele teria conseguido tirar JHC de uma eventual disputa. Como potenciais candidatos a uma das duas vagas de senador, no próximo ano, além de Renan Calheiros (MDB) do próprio Lira, surgem dois nomes: Alfredo Gaspar (União) - que vem sinalizando uma preferência por disputar a reeleição para a Câmara dos Deputados e Davi Davino Filho.

Enquanto Gaspar é um nome da direita e Lira e Renan Calheiros considerados mais tradicionais, Davi Davino Filho tem mais perfil para “outsider”. E é nesta condição que ele enxerga “brecha” para disputar o Senado. A estratégia é repetir o sucesso de Rodrigo Cunha em 2018, que ganhou mandato de senador numa campanha “solteira” e lastreada no voto de opinião.

A quem pergunta sobre seu futuro, Davi Davino Filho já avisou que não tem medo de disputar nenhum cargo, nem mesmo o governo contra Renan Filho, mas ele é enfático ao afirmar que “prefere o Senado”.