Política
Sinteal acusa JHC de mentir e desvalorizar educação com novo reajuste menor que o prometido
Prefeito de Maceió é acusado de manobra na Câmara para aprovar aumento parcelado de 5%; categoria prepara novo ato no Benedito Bentes

A Câmara de Vereadores de Maceió aprovou, nesta terça-feira (20), o projeto do Executivo que concede um reajuste salarial de 5%, parcelado em duas vezes, aos servidores da educação municipal. A medida foi votada após uma articulação política do prefeito JHC (PL), o que gerou indignação entre os trabalhadores da educação, que seguem em greve.
Segundo o Sindicato dos/as Trabalhadores/as da Educação de Alagoas (Sinteal), o percentual aprovado é inferior ao que havia sido inicialmente oferecido pela gestão municipal no início da greve, o que representa um retrocesso nas negociações. A entidade também acusa o prefeito de agir de forma unilateral e de promover uma “manobra” para aprovar às pressas a proposta na Câmara, sem diálogo com a categoria.
A greve, que já dura semanas, cobra valorização profissional, melhorias na infraestrutura das escolas, transporte escolar adequado e o cumprimento dos direitos de estudantes com deficiência, como a presença de profissionais de apoio à inclusão.
A mobilização continuou nesta quarta-feira (21/05) com um ato no Benedito Bentes, que iniciou às 9h, na Escola Paulo Bandeira. A manifestação reuniu professores, pais, estudantes e apoiadores da causa.
Além disso, uma nova assembleia está marcada para a sexta-feira (23/05), às 9h, no Centro Cultural do Sinteal, onde serão definidos os próximos passos da greve. O sindicato afirma que a luta será mantida até que a prefeitura apresente uma proposta que atenda às reivindicações da categoria.
“Enquanto o prefeito JHC mente, a educação segue em greve”, afirmou o Sinteal em nota, ressaltando que a população tem manifestado apoio às ações de protesto, especialmente nas comunidades mais impactadas pela precariedade do sistema educacional.
