Política

Lessa enfrenta a “dor” e tem legado reconhecido nos 40 anos da Secom

Lessa estava em meio ao tratamento de uma crise de cefaleia em salvas, mais uma que ele enfrentou ao londo dos últimos anos

Por Blog de Edivaldo Junior 15/05/2025 05h05
Lessa enfrenta a “dor” e tem legado reconhecido nos 40 anos da Secom
Ronaldo Lessa participa das comemorações dos 40 anos da Secom. - Foto: Edivaldo Junior

Com crise de vesícula fui parar, alguns anos atrás, na emergência da Santa Casa de Maceió. Dipirona, tramal. Nada de passar a dor. De 0 a 10, quanto dói, me perguntou o médico. Não tive dúvidas: 10. Aí me deram morfina. A dor aliviou um pouco e começou a ceder com anti-inflamatório e antibiótico. Não sei se alguém já teve dor pior que essa (tomara que não seja o seu caso), mas tem uma tal de cefaleia em salvas que é considerada muito pior. A dor é mais intensa. Muito mais intensa. E o tratamento é complexo.

Lembrei um pouco das minhas dores quando vi o governador em exercício, Ronaldo Lessa, subir ao palco do evento que marcou as comemorações dos 40 anos da Secom, no Centro de Inovação de Jaraguá, na sexta-feira (09/05).

Lessa estava em meio ao tratamento de uma crise de cefaleia em salvas, mais uma que ele enfrentou ao londo dos últimos anos.

Apesar das dificuldades de lidar com a dor, Lessa fez questão de ir ao evento e de reafirmar seu compromisso com a democracia e com uma comunicação real, verdadeira, sem fake news e a serviço do cidadão.

A presença do governador em exercício não passou desapercebida. E não foi apenas pelo discurso progressista ou por ter, num momento de desabafo, falado das dificuldades que pacientes como ele enfrentam para tratar de uma doença rara e complexa – que talvez por isso não desperte os interesses dos grandes laboratórios.

A presença de Ronaldo Lessa foi reconhecida especialmente pelo que ele representa para a comunicação pública. Como prefeito de Maceió e, principalmente como governador de Alagoas por dois mandatos, Lessa valorizou os profissionais de comunicação, priorizou a Secom e, num compromisso com a verdade e a transparência, sempre tratou honestamente de todos os problemas que enfrentou nas suas gestões, revelando, por exemplo, dificuldades que enfrentava e enfrenta, caso da cefaleia – sem subterfúgios.

A presença dele engradeceu o evento. E todos reconhecem o seu esforço. “Foi um gesto de grandeza do governador Ronaldo Lessa”, resume o secretário Wendel Palhares.

Sim, foi um gesto de grandeza. Eu estive lá e vi tudo. Obrigado Ronaldo Lessa.

Entenda

A cefaleia em salvas, ou cefaleia em grupo, não tem cura, mas o tratamento visa reduzir a intensidade da dor, a duração das crises e, em alguns casos, prevenir a sua recorrência.

O que é a cefaleia em salvas?

A cefaleia em salvas é um tipo de dor de cabeça que se manifesta em grupos de ataques intensos e frequentes, geralmente com dor intensa em um olho ou ao redor dele, podendo também haver lacrimejamento, nariz entupido e corrimento no lado afetado. As crises são geralmente cíclicas, com períodos de ataques intensos seguidos de períodos de remissão.

Tratamento da cefaleia em salvas:

Tratamento agudo:

Para interromper as crises agudas, a oxigenoterapia com máscara (inalação de oxigênio puro) é uma das opções mais eficazes e recomendadas, assim como o uso de triptanos (medicamentos para enxaqueca) via injetável ou spray nasal.

Tratamento preventivo:

Para prevenir as crises, são utilizados medicamentos como o verapamil, bloqueadores de canais de cálcio, corticosteroides, lítio e outros, dependendo da resposta individual do paciente e do grau de gravidade da condição.

Outras abordagens:

Em alguns casos, podem ser considerados outros tratamentos, como a estimulação do nervo vago (que pode ser feita com dispositivos de estimulação), bloqueios nervosos (injetando anestésicos locais e corticoides no nervo occipital), ou, em situações mais raras, cirurgia.

Importante: O tratamento da cefaleia em salvas deve ser individualizado e orientado por um profissional de saúde, como um neurologista, pois a escolha das opções terapêuticas e as estratégias de prevenção dependem de cada caso.