Política

Gestão de JHC na mira da CPI: caos funerário em Maceió revela desleixo

O relator da comissão, senador Rogério Carvalho, destacou que, dos mais de R$ 1,7 bilhão recebidos pela prefeitura em acordos com a Braskem, nada foi feito para resolver a crise nos cemitérios da cidade

Por Redação 29/04/2024 16h04
Gestão de JHC na mira da CPI: caos funerário em Maceió revela desleixo
População de Maceió continua enterrando seus entes queridos em covas rasas - Foto: Reprodução

A capital alagoana enfrenta uma situação crítica nos cemitérios, com a falta de vagas e sepultamentos precários se tornando o centro das atenções durante o depoimento do procurador-geral de Maceió, João Lobo, na CPI da Braskem. Enquanto isso, a gestão de João Henrique Caldas, o JHC (PL), recebeu vultosos valores da Braskem, mas falhou em construir um novo cemitério para aliviar o problema.

O relator da comissão, senador Rogério Carvalho, destacou que, dos mais de R$ 1,7 bilhão recebidos pela prefeitura em acordos com a Braskem, nada foi feito para resolver a crise nos cemitérios da cidade. Enquanto a população sofre com a falta de espaço para enterrar seus entes queridos, o dinheiro que deveria ser destinado a obras essenciais parece ter se perdido em meio à burocracia e à ineficiência administrativa.

O cemitério Santo Antônio, no bairro Bebedouro, é um exemplo emblemático dessa negligência. Fechado em 2020 devido ao afundamento do solo, reaberto apenas para visitações em 2021, tornou-se um símbolo do desleixo da gestão municipal. Relatos de cidadãos indicam que os sepultamentos agora levam até três dias, evidenciando a gravidade da situação.

João Lobo, confrontado sobre as medidas tomadas para resolver o problema, não apresentou respostas satisfatórias. A falta de ação por parte da prefeitura, mesmo diante de recursos consideráveis, levanta questionamentos sobre a verdadeira destinação do dinheiro recebido da Braskem.

Enquanto isso, a população de Maceió continua enterrando seus entes queridos em covas rasas, em uma indignidade que expõe a falência da administração pública em cuidar de questões tão essenciais quanto dignas. A gestão de JHC na prefeitura parece estar mais preocupada em outros interesses do que em garantir um enterro digno para seus cidadãos.