Política

Paulo promete empenho por Lula; Rodrigo não deve apoiar Bolsonaro

Paulo Dantas e Rodrigo Cunha disputam o segundo turno da eleição de governador em Alagoas em ritmos, até agora, bem diferentes

Por Blog do Edivaldo Junior 07/10/2022 08h08 - Atualizado em 07/10/2022 12h12
Paulo promete empenho por Lula; Rodrigo não deve apoiar Bolsonaro
Paulo Dantas disputará segundo turno em Alagoas contra Rodrigo Cunha - Foto: Reprodução

A disputa presidencial em Alagoas promete, mais uma vez, ser polarizada. Mas diferente do primeiro turno, quando o senador Fernando Collor (PTB) fez campanha para Jair Bolsonaro (PL), o atual presidente e candidato à reeleição, não deverá receber o apoio de nenhum candidato no segundo turno.

Enquanto o candidato do MDB ao governo, Paulo Dantas, foi a São Paulo e seu reuniu com Lula, prometendo empenho na campanha do candidato do PT à presidência, o candidato ao governo do União Brasil, senador Rodrigo Cunha, tem dado sinais de que não pedirá votos para Bolsonaro em Alagoas.

Paulo Dantas e Rodrigo Cunha disputam o segundo turno da eleição de governador em Alagoas em ritmos, até agora, bem diferentes.

Desde a terça-feira (04/10), o atual governador de Alagoas e candidato à reeleição retomou a campanha de rua, teve reuniões com a equipe, ampliou os apoios de prefeitos, vereadores e deputados e foi a São Paulo para se reunir com Lula.

Nesse mesmo período, Rodrigo Cunha se limitou a reassumir o mandato de senador em Brasília – ele estava de licença. Com seu retorno Eudócia Caldas, volta à condição de suplente. No Senado, Cunha fez um discurso agradecendo rapidamente os votos recebidos no dia 2 de outubro e pedindo a apuração de denúncia contra o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB).

Lula x Bolsonaro


Em Alagoas Lula mantém os apoios que teve no primeiro turno, a maioria do grupo de Paulo Dantas. Jair Bolsonaro, apesar do “silêncio” de Cunha, recebeu apoio do senador Fernando Collor e de deputados federais, eleitos e reeleitos, a exemplo de Arthur Lira, Marx Beltrão e Fábio Costa, dos do PP e de Alfredo Gaspar de Mendonça (UB).

Enquanto a aliança com Lula tende a fortalecer a candidatura de Paulo Dantas, Rodrigo Cunha pode sofrer esvaziamento de seu palanque se não tomar uma posição. Nos bastidores, a informação é que ele poderá perder inclusive o apoio de deputados federais eleitos e reeleitos, com forte repercussão na estrutura de campanha. Mas essa é outra história.