Política
Ministro promete a Arthur Lira encontrar solução para “buraco de Alagoas”
Já são mais de oito meses de transtorno para motoristas que precisam trafegar pela principal rodovia federal e uma das mais movimentadas do Estado

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) pediu ao ministro da Infraestrutura um prazo para a normalização do trânsito na BR 101 no trecho de São Miguel dos Campos, no interior de Alagoas.
Lira explicou a Tarciso de Freitas (por telefone) que a interrupção do tráfego no local, decorrente do “buraco de Alagoas”, tem gerado muitos transtornos para os motoristas que precisam trafegar pela região.
“Eu disse ao ministro que existe muita cobrança em Alagoas, e com razão. Existe também a preocupação com o começo do inverno, que pode complicar ainda mais a conclusão da obra”, disse Lira ao blog, por telefone.
Na conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, o ministro explicou que existe diferenças entre o “buraco de Alagoas”, aberto há oito meses a partir de problemas com drenagem de água de chuvas e a “cratera de São Paulo”, que apesar de maior foi fechada em menos de 48 horas.
Segundo Lira, o ministro explicou que buraco da marginal, confinado pela estrutura do metrô foi preenchido por concreto e o serviço é considerado relativamente simples. Mas segundo Freitas, a cratera de São Miguel dos Campos, envolveria muita movimentação de terra, recuperação do aterro e dependência de tempo firme para fazer a obra.
“O ministro vem mandando alguns vídeos para mim sobre essa obra. Realmente são assustadores. É tudo de grande dimensão”, pondera Lira.
O presidente da Câmara dos Deputados disse que o ministro prometeu dar uma resposta em breve. “Ele me pediu tempo para avaliar, para dar uma resposta. Vai acionar o DNIT e a partir de uma base técnica vai dar uma resposta e uma previsão, um cronograma”, disse Lira, acrescentando que vai tentar “ajudar no debate”.
O buraco de Alagoas
Batizada de “buraco de Alagoas”, a cratera que engoliu um pequeno trecho da BR 101, na altura do quilômetro 138, no município de São Miguel dos Campos, foi aberta no 31 de maio, quando parte do asfalto cedeu, na rodovia.
Já são mais de oito meses de transtorno para motoristas que precisam trafegar pela principal rodovia federal e uma das mais movimentadas do Estado.
Para os caminhões, o desvio pela BR 316, saindo de São Sebastião até retornar a BR 101 em Pilar Alagoas, representa aumentar a viagem em mais de 40 minutos. Para quem viaja em automóveis, o desvio por dentro da cidade de São Miguel dos Campos representa um atraso de 20 minutos, em média, em função do tráfego lento no município.
Mais lento que o tráfego no trecho da BR 101 só a assessoria do DNIT. O superintendente do órgão no Estado enviou uma série de perguntas feitas pelo blog para a assessoria de comunicação em Brasília no último dia 27 de janeiro. Até o momento a resposta não foi enviada.
Na comparação de tempo, uma cratera aberta na obra do metrô de São Paulo-SP, aparentemente bem maior do que o “buraco de Alagoas”, foi preenchida em menos de 48 horas. Lá, o tráfego na Marginal Pinheiros foi retomado após dois dias do incidente, provocado por problemas semelhantes ao que provocou a interrupção do tráfego na BR 101 (rompimento de dutos de drenagem de água das chuvas ou esgoto).
