Política

Ciro Gomes suspende pré-candidatura à presidência até PDT reavaliar orientação na PEC dos Precatórios

O ex-governador do Ceará tomou a decisão após a sigla votar majoritariamente favorável à proposta

Por Redação 04/11/2021 10h10
Ciro Gomes suspende pré-candidatura à presidência até PDT reavaliar orientação na PEC dos Precatórios
Pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes - Foto: Reprodução

Ciro Gomes usou suas redes sociais para anunciar, nesta quinta-feira (4), que suspendeu a sua pré-candidatura à presidência da República em 2022. Ciro Gomes disse que sua decisão se manterá até que o partido que ele é filiado, o PDT, vote contra a PEC dos Precatórios no segundo turno.

O partido orientou um voto favorável à aprovação da proposta, dando um total de 15 votos positivos para a PEC, com apenas seis deputados, dos 24 da bancada, que votaram contra a proposta.

"Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios", lamentou Ciro.

O ex-governador do Ceará espera que o partido reavalie o posicionamento no segundo turno da votação. "A mim só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição. Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo."

Críticas ao PDT

Além do Ciro, outras personalidades da política comentaram sobre o posicionamento do PDT, alguns tecendo duras críticas ao partido.

O deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE) foi um dos seis pedetistas que votaram contra a aprovação da PEC e usou as redes para lamentar a decisão da legenda.

"O PDT votar orientar a favor da PEC23 foi um erro crasso. Não condiz c a sua história. Eu e outros 5 parlamentares votamos contrários à orientação do partido."

Além do parlamentar pernambucano, influencers também comentaram sobre a atuação da sigla na votação, como o Felipe Neto, que mandou o partido "tomar vergonha".