Política
“Colisão” entre caciques da política em AL é tema de reportagem de Veja
Desavenças no cenário nacional seriam apenas o reflexo da rivalidade local de dois dos mais importantes políticos do Estado na atualidade

Nos últimos dias, o presidente da Câmara dos Deputados e o relator da CPI da Pandemia elevaram o tom das críticas um contra o outro.
As desavenças no cenário nacional seriam apenas o reflexo da rivalidade local de dois dos mais importantes políticos do Estado na atualidade.
Arthur Lira e Renan Calheiros estiveram em palanques separados nas últimas eleições e podem permanecer assim nas próximas. Uma aliança entre os dois, no entanto, ainda está no radar de outras lideranças, especialmente de grupos do Poder Legislativo estadual.
Em reportagem na sua última edição, a revista Veja traduz o momento político vivido por aqui: “Caciques da política entram em rota de colisão na disputa em Alagoas”.
As dificuldades para uma composição só crescem quando entram em campo outros importantes políticos do Estado, a exemplo do governador Renan Filho e do senador Fernando Collor.
De acordo com a reportagem, “As aspirações de três caciques criaram uma situação intrincada no xadrez político de Alagoas para as eleições de 2022. Favoritos ao Senado, o governador Renan Filho (MDB) e o senador Fernando Collor (Pros) terão apenas uma cadeira para disputar — o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) corre por fora. Já seria uma briga difícil, mas nessa equação devem entrar ainda os planos do deputado Arthur Lira (PP), presidente da Câmara e que antagoniza com o senador Renan Calheiros, pai do governador, nos posicionamentos que adotam a respeito de Jair Bolsonaro.”
Veja continua: “Enquanto Renan ampliou a sua projeção e o seu papel oposicionista na função de relator da CPI da Pandemia, ao atribuir ao capitão nove crimes na gestão da crise sanitária, Lira é o fiador do presidente junto ao Centrão e tem sido o responsável por levar adiante as pautas de interesse do Palácio do Planalto”.
Indireta
A reportagem lembra: “Como se não bastasse, o estado ainda pode ter de escolher por via indireta um novo governador no primeiro semestre do ano que vem. Bem avaliado, Renan Filho chegará ao fim de seu segundo mandato e terá de deixar o cargo no início de abril, como determina a lei eleitoral, sem um vice para assumir no seu lugar, já que Luciano Barbosa se elegeu prefeito de Arapiraca (segundo maior município do estado) em 2020”.
E continua: “Assim, se quiser disputar o Senado, o governador terá de entregar o posto a Marcelo Victor (Solidariedade), presidente da Assembleia Legislativa e hoje próximo a Lira. Mesmo esse comando, no entanto, será transitório, já que a Constituição do estado prevê trinta dias para realizar eleição indireta pelos deputados estaduais de um governador para cumprir um mandato-tampão até dezembro de 2022.”
Segundo Veja, “Apesar da rivalidade nacional, com esse cenário ninguém descarta nem mesmo a possibilidade de Renan pai e Lira chegarem a um nome de consenso para assumir o governo, e assim impedir que o estado caia nas mãos de outros políticos em ascensão, como o senador Rodrigo Cunha (PSDB) e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PSB) — ambos cotados para disputar o governo.”
Leia aqui, na íntegra: Caciques da política entram em rota de colisão na disputa em Alagoas
