Política

“Há crianças com grau de deficiência que é impossível a convivência” afirma Milton

Declaração foi dada durante uma visita ao Recife, dias após ele dizer que estudantes com deficiência atrapalham o aprendizado de outros alunos

Por Redação com Jornal de Alagoas 19/08/2021 16h04 - Atualizado em 19/08/2021 17h05
“Há crianças com grau de deficiência que é impossível a convivência” afirma Milton
Ministro da Educação Milton Ribeiro. - Foto: Reprodução

Milton Ribeiro, atual ministro da Educação, fez outro comentário que gerou balburdia nas redes sociais. Na tentativa de explicar sua fala, realizada na segunda-feira (16) no programa 'Sem Censura', da TV Brasil, onde ele afirmou que crianças com deficiência "atrapalham" outros estudantes, nesta quinta-feira (19), disse que há crianças com “um grau de deficiência que é impossível a convivência”. A declaração foi dada durante uma visita ao Recife.

“Nós temos, hoje, 1,3 milhão de crianças com deficiência que estudam nas escolas públicas. Desse total, 12% têm um grau de deficiência que é impossível a convivência. O que o nosso governo fez: em vez de simplesmente jogá-los dentro de uma sala de aula, pelo ‘inclusivismo’, nós estamos criando salas especiais para que essas crianças possam receber o tratamento que merecem e precisam”, afirmou Ribeiro.

A declaração foi alvo de críticas da oposição, e uma das pessoas que se posicionaram foi a ex ministra de Direitos Humanos do Brasil e atual Deputada Federal Maria do Rosário, que compartilhou o vídeo no Twitter e afirmou "Quando ele fala em "criar salas especiais" está falando em exclusão! Não foi a toa que pedi o impeachment deste senhor."

A afirmação de Milton Ribeiro ocorreu após a reinauguração do Museu do Homem do Nordeste, da Fundação Joaquim Nabuco, na Zona Norte da cidade. O local estava fechado desde o início da pandemia da Covid-19.

Quando questionado sobre a entrevista transmitida no dia 16 de agosto, no programa Novo Sem Censura, da TV Brasil, ele afirmou que a repercussão dada às frases foi causada por “questões políticas”.