Política
Alagoas deve ter três frentes eleitorais em 2022 formadas por quatro grandes grupos do estado
Jornalista Edivaldo Júnior faz uma análise com as diferentes escolhas possíveis na política de AL

Alagoas caminha para ter duas ou três grandes frentes nas eleições de 2022. Enquanto um grupo já está definido, os outros aguardam pela desincompatibilização, ou não, de Renan Filho em abril do próximo ano, é o que avalia o jornalista Edivaldo Júnior.
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Em seu blog, Edivaldo explica que em aliança com o senador Rodrigo Cunha (PSDB) e o vice-prefeito Ronaldo Lessa (PDT), o prefeito de Maceió, JHC (PSB) trabalha desde já para montar chapa completa, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. João Henrique segue em diálogo aberto com todos os grupos, exceto com o do governador Renan Filho (MDB).
As outras composições são um pouco mais complexas. O grupo de Marcelo Victor (SDD) pode fechar com o de Arthur Lira (PP) ou o de Renan Filho.
Lira já avisou que apoiará um nome da Assembleia Legislativa ao governo, desde que seja “viável”. Este nome seria lançado num eventual afastamento de Renan Filho do governo. Se isso não ocorrer, o PP terá um nome para chamar de seu.
Edivaldo explica que o outro grupo é o de Renan Filho, que também deverá ter chapa completa, disputando ou não algum cargo. O governador deve formar chapa, além do MDB, com partidos aliados, a exemplo do PT, PL, PSD, PCdoB, Republicanos. Renan Filho também segue conversando com todos os grupos, exceto com o de JHC.
Marcelo Victor, que tem ao seu lado a maioria da Assembleia Legislativa, e conta com o reforço de importantes legendas como o DEM e o PSL é o nome que assumiria o governo em caso de afastamento de RF, podendo disputar a reeleição. O nome do grupo para a missão também pode ser outro.
Se o grupo de Marcelo Victor assumir o governo, apresenta um candidato que pode ter o apoio de Arthur Lira ou de Renan Filho. Se não assumir, MV tende a compor com o grupo de Arthur Lira, explica o jornalista.
A possibilidade de duas frentes (que seria a junção dos grupos de Arthur Lira com o de Renan Filho ou de JHC) existe, mas no momento não é a mais provável.
Outros grupos com peso na política alagoana podem ou não compor com JHC, Arthur, RF e MV. O deputado estadual Antônio Albuquerque por exemplo pode concorrer ao governo ou buscar uma composição. O ex-prefeito Rui Palmeira (PODE) também corre em faixa própria à espera das regras para as eleições proporcionais.
As definições não serão tomadas agora. Renan Filho, JHC, Marcelo Victor e Arthur Lira não têm pressa, vão esperar que os prazos comecem a vencer.
O maior problema que Renan Filho tem pela frente é a escolha de um nome para o governo que seja aceito ao mesmo tempo pelo grupo de Marcelo Victor e pelo seu.
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O jornalista Edivaldo Júnior avalia que sem “consenso”, Renan Filho pode ficar no governo e a outra opção seria entregar a “caneta” e ir para a eleição enfrentando um governador que poderá subir em outro palanque.
