Política
Em tom de crítica, Renan Calheiros relembra investigações da Comissão
Mesmo com CPI em recesso, senador usa redes sociais para criticar suposto gabinete paralelo e propina investigados pela comissão

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou hoje (17) suas redes sociais para atacar a gestão do Governo Federal sobre a pandemia da covid-19, na postagem, Renan relembra os dois principais pontos de investigação da CPI. Desde o início da CPI, o senador, que foi escolhido como relator, está no centro de constantes atritos entre ele e figuras governistas.
O gabinete paralelo do negacionismo já está provado. O que se está provando agora é um Programa Nacional de Imuninização (PNI) paralelo. O primeiro dizia não à vida. O segundo, sim à propina.#CPIdaCovid #CPIdaPandemia
— Renan Calheiros (@renancalheiros) July 17, 2021
Renan se refere ao suposto "gabinete paralelo" que apareceu logo no dia inicial de depoimentos da comissão, em 4 de maio, quando o colegiado ouviu o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
o que o "gabinete paralelo" teria como maior tarefa seria a de municiar Bolsonaro com informações sobre a pandemia que contrariariam as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde. É o que explicaria a posição do presidente de ser contrário a medidas de isolamento social, de defender o chamado tratamento precoce mesmo sem comprovação científica e de ser reticente à vacinação.
Segundamente ele se refere às acusações de propina no caso Covaxin, último foco da CPI após o deputado federal Luis Claudio Fernandes Miranda (DEM-DF) e o irmão Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação do ministério da Saúde, Em depoimento aos senadores, os irmãos apontam para um suposto esquema de fraude na negociação para a compra de 20 milhões de doses do imunizante Covaxin, envolvendo o Ministério da Saúde e a empresa brasileira Precisa Medicamentos, que seria a responsável pela venda da vacina no Brasil, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.
Essa fase investiga tanto a suspeita da fraude na compra da vacina indiana como também a suspeita de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro, que supostamente soube das suspeitas de fraude antecipadamente.
A CPI foi suspensa nesta quinta-feira (15) com o recesso parlamentar e será retomada no dia 3 de agosto. Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da pandemia disse que durante o recesso, a oposição irá analisar mais documentos, como quebras de sigilos e contrato.
