Política

Renan Calheiros anuncia quatro novos nomes investigados na CPI

Para Renan, transformar uma testemunha em pessoa investigada "permite avançar alguns passos"

Por Jornal de Alagoas com G1 15/06/2021 11h11
Renan Calheiros anuncia quatro novos nomes investigados na CPI
Senador Renan Calheiros - Foto: Reprodução

Nessa segunda-feira (14), o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o número de testemunhas que passarão a ser investigadas pela comissão pode chegar a dez. A declaração foi feita após uma reunião do senador alagoano com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e outros senadores.

Durante o anúncio, Renan confirmou quatro novos nomes: Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde; Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores; Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo; e Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde.

Nessa segunda, Renan já havia dito que estavam entre os "nomes fortes" para serem investigados os de Pazuello, Ernesto Araújo e Fabio Wajngarten.

Conforme o relator, tornar uma pessoa investigada pela CPI permite aprofundar a apuração, uma vez que facilita, por exemplo, a requisição de documentos e a realização de buscas e apreensões.

Em um primeiro momento da entrevista na noite desta segunda, o relator foi indagado sobre os nomes das pessoas a serem investigadas, mas não disse. Afirmou que, "preferencialmente", serão pessoas já ouvidas pela comissão. Depois, novamente questionado, confirmou os quatro nomes.

De acordo com o relator, a mudança de condição de testemunha para investigado não precisa de votação pelos integrantes da CPI.

"Eu vou comunicar ao presidente da CPI que estamos fazendo essa classificação, a partir desse comunicado. Em qualquer procedimento, a posteriori, a pessoa será tratada nessa condição", disse.

Para Renan Calheiros, transformar uma testemunha em pessoa investigada "permite avançar alguns passos" nos trabalhos da CPI.

"Tratá-los como investigados significa dar o rumo verdadeiro e avançar alguns passos para que a gente possa concretizar o objetivo, que é responsabilizar as pessoas que são responsáveis pelo agravamento do número de mortos [pela Covid]", afirmou.