Polícia
TJ nega habeas corpus para dona de clínica onde esteticista foi morta
Jessica Vilela é ré por estupro por omissão, tortura e outros crimes na Clínica Luz e Vida
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas negou, nesta quarta-feira (3), o pedido de habeas corpus em favor de Jessica da Conceição Vilela, proprietária da Clínica Luz e Vida, onde a esteticista Cláudia Pollyanne Farias de Sant’Anna foi assassinada em agosto deste ano.
A empresária, esposa de Maurício Anchieta, também preso e apontado como responsável pelo crime, responde por estupro por omissão, tortura e outros delitos cometidos no espaço, que funcionava de forma clandestina em Marechal Deodoro.
Em nota, amigos de Cláudia celebraram a decisão do TJ, afirmando que ela reafirma a necessidade de punição. “Para os amigos, esta decisão reafirma que um crime dessa gravidade não pode, em hipótese alguma, permanecer impune”, diz o documento.
As vítimas que passaram pela clínica relataram ter sido submetidas a torturas, ameaças e diferentes formas de violência em um ambiente que deveria oferecer tratamento e acolhimento. “O sofrimento enfrentado pelas vítimas não pode ser esquecido, e o avanço da Justiça representa um passo fundamental para que a verdade continue vindo à tona”, acrescentaram os amigos.
O grupo também agradeceu aos desembargadores que compõem a Câmara Criminal: Ivan Vasconcelos Brito Junior (presidente), João Luiz Azevedo Lessa e Domingos de Araújo Lima Neto, pela condução responsável do julgamento. O desembargador Tutmés Airan não participou por estar em férias.
Agora, os familiares e amigos acompanham com expectativa a definição da Justiça sobre qual vara ou comarca terá competência legal para dar prosseguimento ao inquérito já concluído, assegurando validade jurídica e evitando risco de nulidade.

