Polícia

Família de Gabriel Lincoln protesta por agilidade no julgamento de PMs

Seis meses após a morte do adolescente, parentes cobram celeridade no processo e reforçam pedido por justiça

Por Redação 03/11/2025 15h03 - Atualizado em 03/11/2025 16h04
Família de Gabriel Lincoln protesta por agilidade no julgamento de PMs
Família de Gabriel Lincoln protesta por agilidade no julgamento de PMs - Foto: Reprodução

Seis meses após a morte de Gabriel Lincoln, de 16 anos, familiares e amigos realizaram um protesto em Maceió, na sexta-feira, 1º de novembro, pedindo agilidade no julgamento dos policiais militares envolvidos no caso. O jovem foi atingido por um tiro nas costas durante uma perseguição policial em Palmeira dos Índios, no dia 3 de maio.

Segundo testemunhas, Gabriel se assustou ao ser abordado e acelerou a motocicleta que pilotava, dando início à perseguição. A ação, registrada em vídeos divulgados nas redes sociais, terminou de forma trágica com o disparo fatal.

Durante o ato, o pai do adolescente, Ciro Pereira, fez um apelo emocionado. “Estamos lutando há seis meses para que algo seja feito. Queremos justiça e que o julgamento aconteça logo. Meu filho merece uma resposta”, afirmou em entrevista à TV Pajuçara.

A família reforça que o protesto tem como objetivo chamar atenção das autoridades e garantir que o caso seja tratado com prioridade pelo Poder Judiciário de Alagoas.

A Justiça determinou o afastamento preventivo dos três policiais militares envolvidos, que agora respondem pelos crimes de homicídio, fraude processual e abuso de autoridade. O processo segue em tramitação e aguarda a conclusão de diligências.

O advogado de defesa dos PMs, Raimundo Palmeira, informou que o caso está “seguindo o curso normal” dentro dos prazos legais. “A Justiça já determinou a citação dos acusados para que apresentem resposta à denúncia. O processo segue com as etapas previstas: audiências, alegações finais e decisão do juiz”, explicou.

O laudo pericial confirmou que Gabriel Lincoln morreu em decorrência de um disparo de arma de fogo pelas costas, reforçando a versão apresentada pela família, que contesta a atuação dos policiais na abordagem.

Enquanto o caso avança na Justiça, os familiares seguem mobilizados para manter viva a memória do adolescente e garantir que os responsáveis sejam julgados. “Hoje é um dia doloroso, mas também de resistência. Vamos continuar lutando até o fim para que Lincoln tenha justiça”, declarou um familiar durante o protesto.