Polícia

Serial killer de Maceió é condenado a mais 27 anos de prisão

Albino dos Santos acumula mais de 125 anos de pena e será julgado novamente em novembro

Por Redação 31/10/2025 15h03 - Atualizado em 31/10/2025 15h03
Serial killer de Maceió é condenado a mais 27 anos de prisão
Serial killer de Maceió é condenado a mais 27 anos de prisão - Foto: Ascom MPAL

O réu Albino Santos de Lima, conhecido como o serial killer de Maceió, foi condenado nesta sexta-feira, 31 de outubro, a 27 anos, um mês e dez dias de prisão pela morte de Tamara Vanessa da Silva e pela tentativa de homicídio de outras duas pessoas: a mãe de santo Leidjane e o marido de Tamara, José Gustavo. O ataque aconteceu em junho de 2024, no bairro Vergel do Lago, em Maceió.

Com essa nova condenação, Albino já acumula mais de 125 anos de prisão. O julgamento foi conduzido pelo juiz Yulli Roter, no Fórum do Barro Duro. Segundo o magistrado, o réu será novamente julgado em novembro por outro homicídio.

Durante o júri, Albino assumiu a autoria do crime, mas optou por permanecer em silêncio. “Tenho ciência do que estou sendo julgado. Confesso o acontecido, mas quero permanecer em silêncio”, declarou.

O promotor de Justiça Antônio Villas Boas, responsável pela acusação, destacou que Albino é considerado o maior assassino em série de Alagoas e um dos maiores do país. “Ele tem plena consciência do que faz. O que lhe falta é empatia. Não se compadece do ser humano”, afirmou.

Os dois sobreviventes do atentado prestaram depoimento. José Gustavo relatou que, no dia do crime, ele, Tamara e Leidjane seguiam para a casa da mãe de santo, onde ajudariam na preparação de alimentos para um evento religioso. Por causa da chuva, decidiram parar algumas casas antes do destino. “De repente, sem ver de onde vinha, fomos surpreendidos pelos tiros”, contou.

Tamara foi atingida por quatro disparos, Gustavo levou três tiros e Leidjane, a primeira a ser baleada, foi atingida na cabeça. Mesmo ferido, Gustavo conseguiu correr até a casa da mãe de santo e pedir ajuda. A população prestou os primeiros socorros.

Leidjane também depôs e confirmou a versão de Gustavo. Ela disse não entender a motivação do crime, já que nenhum dos três tinha envolvimento com atividades ilícitas. Ambos carregam até hoje as marcas físicas e emocionais do atentado.