A 7ª Vara Criminal da Capital leva a júri popular, no dia 31 de outubro, Albino Santos de Lima, conhecido como o “serial killer de Maceió”. Ele será julgado pela morte de Tamara Vanessa da Silva e pela tentativa de homicídio contra outras duas pessoas, crimes ocorridos em junho de 2024, no bairro Vergel do Lago.

O julgamento terá início às 8h, no Fórum do Barro Duro, conduzido pelo juiz Yulli Roter, titular da unidade judiciária. Pelo quarto júri relacionado às suas ações criminosas, o Ministério Público de Alagoas (MP-AL) será representado pelo promotor Antônio Vilas Boas.

A data do julgamento, que estava marcada para esta terça-feira (7), foi adiada para o dia 31 deste mês. Segundo o MP-AL, a mudança aconteceu a pedido da defesa de Albino, pois o advogado dele não vai conseguir estar presente devido à realização de um procedimento. O tipo de procedimento não foi divulgado.

Segundo a denúncia apresentada em janeiro de 2025, Albino agiu com motivo torpe e utilizou recursos que impediram a defesa das vítimas. De acordo com o Ministério Público, as vítimas voltavam para casa quando foram surpreendidas por disparos de arma de fogo. Uma delas conseguiu se esconder, outra ficou ferida, e Tamara Vanessa foi a óbito.

“Não há como negarmos que esse cidadão é de grande periculosidade. Esperamos, para esta terça-feira, mais um resultado com condenação. Ele precisa pagar por tudo que fez, não somente às vítimas, mas também aos familiares. Na verdade, ele apavorou toda sociedade alagoana”, afirmou o promotor Vilas Boas.

Albino costumava justificar seus crimes alegando que as vítimas tinham envolvimento com a criminalidade. No entanto, nem Tamara, nem os sobreviventes tinham relação com tráfico de drogas ou prostituição, desmentindo o álibi usado pelo réu.

O serial killer alagoano já foi condenado diversas vezes: em setembro de 2025, recebeu 14 anos e sete meses de prisão, em regime inicialmente fechado, por tentativa de homicídio duplamente qualificado contra Alan Vítor dos Santos Soares. Também foi condenado a 24 anos e seis meses pela morte da mulher trans Louise Gbyson Vieira de Melo, e, em abril deste ano, recebeu 37 anos de prisão pela morte do barbeiro Emerson Wagner da Silva e tentativa de homicídio contra uma jovem.