Um terceiro sargento da Polícia Militar de Alagoas foi condenado a dois anos e seis meses de prisão, além de excluído da corporação, pelo crime de lesão corporal grave. 

A decisão, proferida pela 13ª Vara Criminal da Capital na última segunda-feira (25), se refere a um caso ocorrido em janeiro de 2017, em Paripueira.

Segundo a denúncia, a guarnição comandada pelo então sargento foi acionada para conter indivíduos alcoolizados que estariam ameaçando pessoas após a festa do padroeiro local. Durante a abordagem, um dos homens resistiu e desferiu chutes contra o militar, que reagiu disparando contra o joelho da vítima.

O inquérito policial militar e o exame pericial confirmaram que a vítima não portava objetos ilícitos e sofreu debilidade permanente na perna esquerda, ficando incapacitada por mais de 30 dias. A tese de legítima defesa apresentada pela defesa foi rejeitada pelo juízo, que ressaltou que a resistência à abordagem não justificava o uso de arma de fogo.

Na sentença, foi enfatizado que o emprego da força deve seguir critérios de progressividade e que armas letais só devem ser utilizadas em situações extremas. Testemunhas, incluindo um dos policiais da guarnição, confirmaram que a vítima estava desarmada.

Apesar da condenação, foram consideradas atenuantes a longa carreira do sargento, com 31 anos de serviço público e ficha funcional elogiada, além da confissão qualificada. Como agravante, pesou o fato de o crime ter ocorrido durante o serviço.

O policial poderá recorrer em liberdade. A decisão também determinou que o Comando-Geral e a Corregedoria-Geral da PM de Alagoas sejam informados sobre a sentença.