Um laticínio clandestino foi interditado em Girau do Ponciano, no Agreste de Alagoas, após ser flagrado fabricando queijos em uma betoneira enferrujada, em meio a forte mau cheiro, moscas e total ausência de condições sanitárias.

A ação foi conduzida pela equipe de Produtos de Origem Animal da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Rio São Francisco de Alagoas.

No local, foram apreendidos 40 quilos de queijo impróprio para consumo. Com a operação, a 15ª etapa da FPI já contabiliza 980 quilos de laticínios retirados do mercado por risco de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs).

Além da ameaça à saúde pública, o laticínio funcionava sem licença ambiental e lançava resíduos diretamente no solo, caracterizando crime de poluição. 

O Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL) aplicou autos de infração e embargou as atividades, enquanto a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Adeal) inutilizou os queijos apreendidos.

Também foram registradas irregularidades pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/AL), devido à falta de registro no conselho e da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), e pelo Conselho Regional de Química (CRQ), que constatou o uso fraudulento de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) para adulterar o soro do queijo, prática proibida e nociva à saúde.

O Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) conduziu o responsável à Central de Flagrantes de Arapiraca. Ele foi autuado por crimes ambientais e preso em flagrante pela Polícia Civil pelo descarte irregular de resíduos e armazenamento de madeira nativa sem autorização.