Polícia

Reconstituição de assassinato de menina de 12 anos é realizada no Sertão; suspeitos participam

O crime, que também deixou ferido um adolescente de 14 anos, ocorreu durante a festa da padroeira da cidade de Maravilha

Por Redação* 16/05/2025 17h05 - Atualizado em 16/05/2025 17h05
Reconstituição de assassinato de menina de 12 anos é realizada no Sertão; suspeitos participam
Parentes de Ana Clara Firmino acompanharam reprodução - Foto: Ascom MPAL

As polícias Científica, Civil e Militar de Alagoas realizaram, na noite de quinta-feira (16), a reconstituição do assassinato de Ana Clara Firmino da Silva, de 12 anos, ocorrido no município de Maravilha, sertão alagoano, em 3 de janeiro deste ano. A simulação foi solicitada pelo Ministério Público do Estado (MPAL) para esclarecer contradições nas versões apresentadas pelos suspeitos e reforçar as provas reunidas na investigação.

O crime, que também deixou ferido um adolescente de 14 anos, ocorreu durante a festa da padroeira da cidade. De acordo com a denúncia apresentada pela Promotoria de Justiça de Maravilha, três pessoas foram denunciadas por feminicídio e tentativa de homicídio triplamente qualificado.

A reconstituição foi conduzida por peritos do Instituto de Criminalística do Agreste, sob coordenação do perito Adailton Emiliano. Cinco peritos e três auxiliares participaram da reprodução simulada, que se estendeu até as 23h. Os trabalhos devem ser concluídos em até 30 dias, quando será elaborado o laudo pericial a ser encaminhado ao Judiciário.

Segundo o Ministério Público, o autor intelectual do crime tinha interesse em se relacionar com a vítima e teria se irritado ao vê-la conversando com o adolescente que sobreviveu. Os agressores teriam simulado um assalto para encobrir o crime. Ainda segundo a denúncia, os três suspeitos desceram de um veículo e atacaram os adolescentes. Ana Clara foi esfaqueada pelas costas e morreu no local. O outro jovem foi atingido, mas conseguiu escapar.

O promotor José Antônio Malta Marques, responsável pela denúncia, afirmou que a simulação buscou confrontar as versões dos suspeitos com os elementos colhidos na investigação. “O sobrevivente também participou da simulação. Esperamos que esse procedimento ajude a confirmar distorções e esclarecer as circunstâncias do crime”, disse o promotor.

Os denunciados responderão por feminicídio e tentativa de homicídio, ambos qualificados. Depoimentos indicam que a vítima vinha sendo monitorada pelo autor principal em festas e espaços públicos da cidade.

*Com Ascom MPAL