Polícia

Mais de 245 aves são resgatadas em feiras livres e até dentro de veículo, em ação do FPI em Alagoas

Animais foram direcionados para um Centro de Triagem antes de serem devolvidos à natureza

Por Redação* 27/11/2023 15h03 - Atualizado em 27/11/2023 15h03
Mais de 245 aves são resgatadas em feiras livres e até dentro de veículo, em ação do FPI em Alagoas
Aves sendo resgatadas - Foto: Assessoria

No último final de semana, a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) resgatou 143 aves numa inspeção na feira livre de Arapiraca, algumas delas dentro de um carro. Juntamente com o Batalhão da Polícia Ambiental (BPA) e o Instituto do Meio Ambiente (IMA), o responsável pelo veículo foi localizado e constatou-se que os animais presos estavam em condições de maus tratos.

De acordo com o consultor ambiental e médico veterinário do IMA, Rafael Cordeiro, foi elaborado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), a apreensão dos animais e também do carro. As aves foram direcionadas ao Centro de Triagem da FPI, local onde serão cuidadas num hospital de campanha para serem retornadas à natureza de forma saudável.

“O hospital está com a base de um laboratório no qual, junto à FPI, está se produzindo ciência e informações importantes para ajudar em ações futuras”, comenta Rafael reforçando a necessidade de manter esses animais livres por serem dispersores de sementes auxiliando no reflorestamento e na manutenção de um ecossistema.

A operação que ocorreu de forma antecipada também esteve presente nas feiras de Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios e em Olivença resultando em cerca de 250 aves como Galo de Campina, Tico-Tico, Sabiá e Jesus Meu Deus; espécies com mais ocorrência nestes casos.

PRODUTOS PERIGOSOS


A equipe de Produtos Perigosos também iniciou seus trabalhos e autuou comerciantes das cidades de Ouro Branco e Santana do Ipanema no último sábado (25). O processo se deu pela venda de medicamentos veterinários, produtos de limpeza e inflamáveis sem licença ambiental; o que é ilegal e apresenta risco à saúde humana.

O coordenador da equipe, Josean Leite, explica que o uso inadequado destes produtos pode causar diversas doenças como leucemias e outros cânceres; alterações neurológicas (como o Mal de Parkinson); lesões no fígado, na pele e no pulmão. Além de causar contaminação da água e do solo e causar efeitos drásticos em espécies não alvo, afetando a biodiversidade, as redes alimentares e os ecossistemas aquáticos e terrestres.

Por outro lado, não foram encontrados agrotóxicos nos lugares visitados. Josean acredita que isso se deve ao trabalho preventivo realizado pela equipe. Também participaram da ação o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e a Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Alagoas (Adeal).

Com ascom da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco.