O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) vai apurar o caso da suposta agressão cometida por policiais ao motorista de um ônibus escolar que levava estudantes do município de Matriz do Camaragibe, na região Norte de Alagoas, para Maceió, nesta quinta (2).

A princípio, foi informado que a abordagem foi feita por policiais de uma viatura da Força Tarefa, mas uma fonte próxima a vítima disse que se tratava do BPRv. Ainda não há a confirmação de qual força policial foi responsável pelas supostas agressões.

O comandante do BPRv, Tenente-coronel Mário Xavier garantiu que o caso será investigado, após a denúncia feita ao Jornal de Alagoas por estudantes que testemunharam o caso. O comandante não negou, tampouco confirmou as agressões e disse que irá procurar saber quem estava de serviço "para ouvi-los na próxima segunda-feira". 

"Aqueles que estejam se sentindo lesados em seu direito, procurem a Corregedoria da Polícia Militar, pois é o órgão responsável para apurar casos desse tipo. Estou e estarei à disposição de todos. Não posso esclarecer nada, pois não estava no momento, o que posso garantir é que iremos investigar, e tomar providências possíveis caso necessário", argumentou Xavier

O motorista do ônibus foi à delegacia na noite em que aconteceu o fato, porém o Centro Integrado de Segurança Público (Cisp) de Matriz de Camaragibe estava sem delegado plantonista no momento. Ele confirmou à reportagem que voltaria à delegacia para concluir a denúncia de agressão e abuso de autoridade contra os policiais. 

O caso

O ônibus escolar de Matriz do Camaragibe que trazia estudantes de universidades públicas e privadas para a capital foi abordado por policiais militares após desviar de um trecho de barro que cobria a rodovia. 

Os estudantes que testemunharam as agressões disseram que os agentes foram truculentos desde o início da abordagem e deram um tapa na região do tórax e puxaram a perna do motorista quando ele iria subir no ônibus para pegar os documentos solicitados. O puxão o teria feito cair e derrubado os documentos pessoais do motorista no chão. 

O tumulto só encerrou-se quando os estudantes desceram do ônibus e ameaçaram filmar as ações.