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Carla Zambelli tem localização encontrada por PF na Itália
Recurso contra a execução imediata da condenação foi negado pelo Ministro Alexandre de Moraes

O paradeiro da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) foi descoberto e a Polícia Federal (PF) e as autoridades italianas já identificaram seu endereço na Itália.
Zambelli deixou o Brasil para evitar a execução de sua prisão após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de falsidade ideológica e invasão do sistema de informática do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Na semana passada, o nome da deputada licenciada foi incluído na difusão vermelha da Interpol, lista de procurados e foragidos internacionais. Desde então, as autoridades buscam seu endereço na Itália.
Fontes da corporação avaliam que a prisão depende, neste momento, das autoridades italianas.
Paralelamente, está em tramitação o pedido de extradição de Zambelli. O embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, entregou nesta quinta-feira (12) o pedido ao “Farnesina”, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália, equivalente ao Itamaraty brasileiro.
Recurso negado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (13) um recurso da Defensoria Pública da União (DPU) contra a execução imediata da condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
O ministro determinou que a defesa fosse exercida pela DPU, em recurso a defensoria alegou que a condenação não poderia ter sido executada após a decisão da Primeira Turma da Corte, que negou o último recurso da parlamentar contra a condenação. Segundo o órgão, ainda restavam outros recursos pendentes de análise.
Ao analisar o caso, o ministro manteve a decisão do colegiado que condenou a deputada.
"Inexiste a contradição apontada, na medida em que, consoante constou expressamente do voto proferido, buscou a embargante Carla Zambelli, assim como Walter Delgatti, apresentar mero inconformismo com a solução adotada pela turma julgadora", decidiu o ministro.
O hacker Walter Delgatti também foi condenado, a oito anos e três meses de prisão no mesmo processo. Segundo as investigações, a invasão eletrônica foi executada por Delgatti e ocorreu a mando de Zambelli.
Na quarta-feira (11), Alexandre de Moraes enviou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública o pedido de extradição da deputada. Caberá ao Executivo federal fazer a solicitação ao governo italiano.
*com agências
