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Plano terrorista no show de Lady Gaga: o que se sabe até agora

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em nove municípios de quatro estados brasileiros

Por Metrópoles 04/05/2025 14h02
Plano terrorista no show de Lady Gaga: o que se sabe até agora
O grupo extremista atuava nas redes sociais e promovia discursos de ódio, crimes contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+ - Foto: Buda Mendes/ Getty Images

A Polícia Civil do Rio de Janeiro frustrou um plano de ataque com uso de coquetéis molotov e explosivos improvisados que tinha como alvo o show da cantora Lady Gaga, que ocorreu nesse sábado (3/5). A ação, batizada de Operação Fake Monster, desarticulou um grupo extremista que atuava nas redes sociais e promovia discursos de ódio, crimes contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

De acordo com a investigação, o atentado seria executado como parte de um “desafio coletivo”, voltado à obtenção de notoriedade digital. Jovens, inclusive adolescentes, eram aliciados pelo grupo para participar de ações coordenadas, em que cada integrante teria uma função dentro do ataque.

O principal líder da célula foi preso no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma de fogo. Um adolescente também foi apreendido no Rio por armazenar pornografia infantil.

O plano começou a ser descoberto após um alerta da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil, que monitorava grupos virtuais com indícios de radicalização. A partir disso, o Ciberlab, do Ministério da Justiça, emitiu um relatório técnico que serviu de base para a deflagração da operação.

O grupo mantinha canais ativos em plataformas digitais para disseminar ódio, automutilação, incentivo ao suicídio, pedofilia e planejamento de atentados.

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em nove municípios de quatro estados brasileiros, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Em todas as ações, foram apreendidos dispositivos eletrônicos e materiais que agora passam por análise técnica.

Em Macaé, a polícia identificou um integrante do grupo que planejava assassinar uma criança ao vivo durante uma transmissão online. O suspeito agora responde por terrorismo e incitação ao crime.