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Vitimas de golpe da casa própria protestam ao lado da Caixa Econômica

Manifestantes pedem celeridade nas investigações e punição dos suspeitos

Por Redação com Tribuna Hoje 26/02/2021 16h04
Vitimas de golpe da casa própria protestam ao lado da Caixa Econômica
Foto: Reprodução

Vítimas do golpe da casa própria fizeram, na manhã desta sexta-feira (26), um protesto na Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, ao lado da Caixa Econômica Federal. Os manifestantes alegam que falsos corretores de imóveis fizeram promessa de casa própria por meio do Programa Minha Casa Minha Vida.

Com faixas e cartazes na mão, eles pediam celeridade nas investigações e que os culpados sejam punidos. Eles também fizeram banners com as fotos dos “corretores” e utilizam na manifestação. O ato aconteceu por volta das 11h30.

Uma das vítimas, Laércio Oliveira, disse que pelo menos 12 pessoas seriam os estelionatários que se passaram por profissionais para ‘vender’ chaves de casas e apartamentos na parte alta de Maceió por meio de sorteios.

“O valor do prejuízo das vítimas das falsas casas habitacionais está em torno de R$ 1 milhão. Quanto maior a entrada os falsos corretores diziam que abatia nas parcelas posteriores. O valor do investimento inicial era de R$ 700 de entrada, mas teve gente que pagou muito mais, até R$ 15 mil. As parcelas ficariam em torno de R$ 200 a prestação do financiamento”, explica Laércio.

Ainda segundo as vítimas mais de mil pessoas estão nessa situação. Sem desconfiarem de nada ainda chegaram a assinar um suposto contrato, porém o documento, segundo elas, seria falso. As casas habitacionais estavam sendo construídas há cerca de cinco anos, conforme Laércio Oliveira, no Benedito Bentes 2 e no Eustáquio Gomes.

No último dia 5, as vítimas estiveram na Delegacia de Fernão Velho, em Maceió, para denunciar o caso. O representante das vítimas, Wellington Dias, disse que o inquérito policial foi aberto, e na medida em que surjam novas pessoas lesadas pelos golpistas podem procurar a delegacia para fazer o Boletim de Ocorrência (BO).

CAIXA                                                          

A instituição esclarece que os imóveis dos empreendimentos construídos no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida – Faixa I – FAR não podem ser vendidos, alugados ou cedidos a qualquer termo, durante o prazo de 120 meses. Os beneficiários são indicados seguindo critérios específicos estabelecidos nas Portarias 163/2016 do Ministério das Cidades e 2.081/2020 do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Nas demais linhas de financiamentos habitacionais, a Caixa ressalta que não recebe qualquer valor a título de entrada. ”Nessas transações, a entrada é negociada diretamente entre o comprador e o vendedor, e nenhuma pessoa física ou jurídica está autorizada a receber valores em nome do Banco”.

A Caixa esclarece ainda que utiliza diversos recursos para proteger as contas e as operações financeiras de forma a garantir a segurança das transações. Mas apesar dos dispositivos de segurança, o banco recomenda estar sempre atento a qualquer atividade e situação não usual.

E por fim, reforça que atua de forma conjunta com os órgãos de segurança pública para mitigar riscos de fraudes e garantir um nível adequado de segurança de suas operações. A área de segurança do banco realiza o monitoramento e mapeamento de incidentes, em colaboração com os órgãos competentes, com o objetivo de coibir eventuais tentativas de fraudes e golpes.