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Barragens em alerta: Alagoas tem dez estruturas com risco elevado, aponta relatório
Relatório da ANA destaca que obras de adequação e proximidade de áreas habitadas colocam barragens sob vigilância reforçada

Dez barragens localizadas em Alagoas estão classificadas com risco alto de acidentes, segundo o mais recente Relatório de Segurança de Barragens publicado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Outras 26 estruturas no estado apresentam risco médio.
O levantamento foi divulgado no último dia 1º de julho.
As barragens de alto risco estão situadas nos municípios de Teotônio Vilela, Junqueiro, Batalha, Penedo, Rio Largo, Palmeira dos Índios e Maceió.
Apesar da gravidade do alerta, técnicos do governo estadual afirmam que a maioria das estruturas passa por intervenções para adequações e melhorias.
De acordo com Yasmin Calheiros, engenheira civil da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh-AL), a classificação de risco alto não significa necessariamente iminência de rompimento, mas sim um reforço na atenção e monitoramento devido a alterações estruturais ou à presença de comunidades próximas.
“Nós temos hoje 10 barragens classificadas como de risco alto, mas, em sua maioria, porque estão em obras. Toda vez que há uma intervenção, a classificação é automaticamente elevada por precaução. Com a finalização das obras, essas estruturas podem ser reclassificadas para níveis médio ou baixo”, explicou Calheiros.
Outro critério determinante para a elevação da classificação é o risco à vida humana. “Se houver uma casa, estrada ou qualquer presença humana próximo, mesmo que a estrutura não apresente falhas, a barragem já recebe classificação de risco alto”, ressaltou a especialista.
Atualmente, das 165 barragens cadastradas em Alagoas, 135 estão sob a fiscalização da Semarh. As demais, por serem de competência federal, são inspecionadas diretamente pela ANA.
O relatório anual visa orientar ações preventivas e alertar para a necessidade de investimentos contínuos em segurança hídrica e proteção de comunidades.
A recomendação dos órgãos competentes é que a população fique atenta às atualizações dos órgãos ambientais e de defesa civil, especialmente em regiões onde há barragens próximas a áreas urbanas ou rurais habitadas.
