Política

MP de Alagoas vai investigar áudio que cita prefeito de Viçosa em suposta compra de apoio político

Gravação sugere oferta de dinheiro e cargos por parte de João Victor; Polícia Federal investiga caso no âmbito da Operação Voto Limpo

Por Redação 10/07/2025 15h03
MP de Alagoas vai investigar áudio que cita prefeito de Viçosa em suposta compra de apoio político
Áudio comprometedor seria supostamente do prefeito João Victor - Foto: Reprodução

O Ministério Público de Alagoas informou que vai analisar um áudio que circula nas redes sociais e que pode comprometer o prefeito de Viçosa, João Victor (MDB), reeleito nas eleições de 2024. Na gravação, o gestor aparece, supostamente, oferecendo dinheiro e cargos públicos à candidata Kaká Tenório em troca de apoio político. 

O conteúdo do áudio é um dos elementos que integram as apurações da Operação Voto Limpo, deflagrada pela Polícia Federal na última terça-feira (8), com foco em possíveis casos de corrupção eleitoral no município. Segundo a PF, as investigações apontam para tentativas de compra de apoio, incluindo promessas de empregos e incentivo à substituição de adesivos em veículos, como forma de manifestação pública de adesão à campanha de João Victor. 

Embora o nome do prefeito tenha sido citado nas conversas investigadas, a Polícia Federal afirmou que, até o momento, não há provas conclusivas de sua participação direta nas supostas irregularidades. “Durante as investigações foram produzidos laudos periciais e realizadas diligências de campo que possibilitaram a identificação do principal suspeito. Não há indícios de participação do prefeito do município”, declarou a corporação em nota. 

Ainda assim, o Ministério Público vai avaliar a autenticidade da gravação. Caso seja confirmada e o envolvimento do gestor comprovado, João Victor poderá responder por corrupção eleitoral e corre risco de ter o mandato cassado. O prefeito foi reeleito com 57,45% dos votos válidos. 

O caso segue sob sigilo parcial, e novas diligências estão previstas. A defesa do prefeito ainda não se manifestou oficialmente sobre o conteúdo do áudio ou sobre o andamento das investigações.