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Caso Beatriz: 'serial killer de Alagoas' é condenado a 24 anos de prisão

Com o resultado desta quinta (13), Albino dos Santos Lima acumula 150 anos de reclusão

Por Redação 13/11/2025 16h04 - Atualizado em 13/11/2025 16h04
Caso Beatriz: 'serial killer de Alagoas' é condenado a 24 anos de prisão
Albino Santos de Lima, conhecido como o Serial Killer de Maceió - Foto: Reprodução

O réu Albino dos Santos Lima, mais conhecido como o "serial killer de Alagoas", foi condenado a 24 anos, 11 meses e oito dias de reclusão em regime fechado por ter matado Beatriz Henrique da Silva, de 25 anos, no bairro da Ponta Grossa, em Maceió. 

Durante o julgamento, que aconteceu nesta quinta-feira (13), o réu tentou justificar os assassinatos que cometeu afirmando que agia para "eliminar o mal". Ele também, a todo momento, falava o nome do Arcanjo Miguel e dizia que o ser sobrenatural o acordou para realizar o assassinato.

"Eu estava dormindo em casa e o arcanjo Miguel me acordou. A laje desapareceu, eu vi um fogo vindo de cima pra baixo. Eu não me recordo, só me recordo chegando em casa de madrugada. E ele me disse que essa "câncer maligno" usou o próprio filho como escudo humano. Ele me contou para ceifar esse joio, que vivia na sociedade traficando, roubando, e outras coisas mais que já falei nos autos", disse Albino.

Ao depor diante do juiz, o réu declarou que via as vítimas como um “câncer da sociedade” e que acreditava estar cumprindo uma espécie de missão ao executar pessoas que, segundo ele, estariam envolvidas com crimes.“Essa mulher era traficante de drogas, todos sabem disso. Ela usava o próprio filho como escudo humano. [...] Ele me contou para ceifar esse joio que vivia na sociedade traficando e roubando. A ação, a execução, tudo isso, não era eu”, disse Albino, ao se referir ao assassinato de Beatriz Henrique da Silva e do filho dela, de apenas quatro anos.

Mesmo confessando o crime, Albino tentou convencer o júri de que sofria de anomalia mental, alegando estar em um estado de transe no momento dos assassinatos. Ele afirmou ainda que “não estava normal” ao invadir a casa da vítima, durante a madrugada, e atirar contra mãe e filho enquanto dormiam.

Para o promotor de Justiça, Antônio Vilas Boas, a condenação de hoje foi satisfatória pelo fato de conquistar o sentimento de justiça.

"A exemplo dos [júris] anteriores, ele sai mais uma vez condenado, e sempre acompanhado das mesmas qualificadoras, crime praticado com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O Ministério Público se dá por satisfeito pelo resultado. O sentimento é de justiça", destacou o promotor.

Com a condenação nesta quinta, Albino dos Santos acumula um total de 150 anos de reclusão. Outro júri está previsto para acontecer em janeiro de 2026.