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Julgamento de Albino: testemunhas revelam que réu monitorava vítima antes da tentativa de homicídio
Testemunhas revelam que Albino monitorava a rotina de Alan Vitor nas redes sociais antes do ataque brutal, que quase tirou a vida da vítima

Acontece nesta quinta-feira (04), o julgamento de Albino Santos de Lima, acusado de tentativa de homicídio duplamente qualificada contra Alan Vitor dos Santos Soares. O crime ocorreu no dia 12 de junho de 2024, quando Alan, de 26 anos, foi vítima de uma tentativa de assassinato no bairro Vergel do Lago, em Maceió.
A acusação, sustentada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), aponta Albino como autor de um crime brutal, cuja motivação ainda é um mistério para os envolvidos.
O primeiro depoimento da acusação foi da irmã da vítima, emocionada, Laura Nicole, relatou que seu irmão sempre foi uma pessoa do bem e não se envolvia com drogas ou atividades ilícitas.
Ela se mostrou confusa quanto à motivação do crime e contou que, após o ataque, Alan passou a ter crises de epilepsia. A irmã de Alan revelou ainda que, após os disparos, o irmão ficou com dificuldades para realizar tarefas do dia a dia, prejudicando seu rendimento no trabalho.
Laura também afirmou que Albino vinha acompanhando Alan nas redes sociais, o que indica que o réu já havia feito o "planejamento" para o ataque, acompanhando os passos da vítima. Ela contou que ouviu os disparos, mas não chegou a ver o momento exato do crime. Quando correu para o local, encontrou seu irmão já caído no chão e desacordado.
A segunda testemunha, Wesley Michael Alves dos Santos, amigo de Alan desde a infância, também foi ouvida durante as investigações. Wesley relatou que estava em sua casa quando ouviu os disparos e saiu correndo para a rua. Ele afirmou ter visto o autor do crime, que estava vestido de preto, passando rapidamente pela rua.
Durante o depoimento, o promotor de Justiça mostrou fotos de Albino, e Wesley identificou o acusado como sendo a pessoa que passou em sua frente. Contudo, Wesley destacou que nunca havia visto Albino antes.
A testemunha também revelou que, no dia do crime, Albino estava assistindo a uma live que Alan transmitiu nas redes sociais cortando o cabelo. Esse detalhe chama ainda mais a atenção para o comportamento obsessivo do réu.
O crime
Na noite de 12 de junho de 2024, Alan Vitor dos Santos Soares retornava do trabalho para a casa da avó quando percebeu que estava sendo seguido. Pouco depois, ele foi surpreendido por quatro disparos de arma de fogo, sendo um na nuca, dois no pulmão e um de raspão na orelha.
Apesar da gravidade dos ferimentos, Alan sobreviveu após mais de dois meses de internação hospitalar e 30 dias em coma. Seu testemunho será crucial para o julgamento, já que foi ele quem reconheceu Albino como o autor do crime e o denunciou à polícia.
Além de Alan, outra testemunha ocular confirmou a autoria de Albino, ajudando a reforçar a acusação. A vítima, que nunca teve envolvimento com atividades ilícitas, teve sua rotina interrompida por um criminoso que, segundo a denúncia, vinha a monitorando há algum tempo.
